Bolo envenenado: suspeita do crime é encontrada morta dentro da prisão em GuaÃba
Deise Moura dos Anjos estava presa temporariamente suspeita de ter matado envenenadas três pessoas da famÃlia do marido.
13/02/2025 10:00 por redação

PolÃcia suspeita que Deise Moura dos Anjos tenha praticado crimes em série — Foto: Reprodução/TV Globo
Uma detenta da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (13). De acordo com o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil no RS, é Deise Moura dos Anjos, presa sob suspeita de matar três pessoas com um bolo envenenado com arsênio em Torres, no Litoral, e também pela morte do sogro, que ocorreu em setembro de 2024.
Em nota, a Polícia Penal divulgou que ela foi encontrada "sem sinais vitais" durante conferência matinal na penitenciária.
"Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar no local, constatou o óbito".
Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a morte ocorreu "por asfixia mecânica auto infligida".
Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Deise havia sido presa em 5 de janeiro e estava no Presídio Estadual Feminino de Torres. No entanto, foi transferida para Guaíba no dia 6 de fevereiro por questões segurança.
Relembre o caso
De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde alguns dias antes do natal, quando começaram a passar mal após comer fatias do bolo. Zeli dos Anjos, que preparou o doce em Arroio do Sal e levou para Torres, também foi hospitalizada. Ela era sogra de Deise e alvo do envenenamento, segundo a Polícia Civil.
Três mulheres morreram no intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o hospital. Neuza Denize Silva dos Anjos teve como causa da morte divulgada "choque pós-intoxicação alimentar".
Zeli dos Anjos sobreviveu e recebeu alta do hospital em janeiro deste ano. Segundo o delegado Marcus Veloso, responsável pela investigação, ela foi a única pessoa da casa a comer duas fatias. Uma criança de 10 anos que comeu o bolo também sobreviveu e já recebeu alta.
Polícia diz que sogra era alvo
Segundo o delegado Marcus Veloso, Zeli dos Anjos, sogra da suspeita, era o principal alvo dos envenenamentos.
"O principal alvo dela era a Zeli. Ela estava no dia 2 de setembro, quando ela fez o café com leite em pó e tudo mais (saiba mais abaixo), junto com seu marido, e também estava no local em que Zeli fez o bolo em Arroio do Sal e ela também consumiu o bolo e também foi para o hospital", diz o delegado Veloso.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/z/d/lAzfY9TYCjJwsARY5Fbg/coletiva-bolo-ja-1001-frame-142434.jpg)
Delegado Marcos Veloso em coletiva sobre caso do bolo — Foto: Reprodução/RBS TV
A morte do sogro
Depois do caso do bolo ser revelado, a polícia passou a investigar se Deise teria envolvimento também na morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, supostamente por intoxicação alimentar. Ele foi marido de Zeli.
A polícia exumou o corpo dele, e exames constataram que ele ingeriu arsênio antes de morrer. Ele morreu de infecção intestinal após consumir bananas e leite em pó levados à casa dele pela nora.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/s/J/eIUOxmSfCzoH3MqgiN5g/laudo-morte-paulo.jpg)
Certidão de óbito de sogro de mulher suspeita de envenenar bolo no RS — Foto: Reprodução/RBS TV
Nota da Polícia Penal
"A Polícia Penal informa que, durante a conferência matinal na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, a presa Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem sinais vitais.
Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar no local, constatou o óbito.
Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias".
G1
Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.