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Laudo de necropsia confirma que mãe e filhas morreram intoxicadas por vazamento de gás em Vacaria

Perícia sobre o funcionamento do gerador usado pela família também confirma compatibilidade do equipamento com a causa da morte

02/04/2024 14:22 por redação


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Atestado de óbito já havia apontado que a morte de uma mãe e três filhas seria decorrente de de intoxicação por monóxido de carbono . Bruno Todeschini / Agencia RBS


 

A investigação referente à morte de uma mãe e três filhas em março, em Vacaria, teve mais um avanço. Conforme o delegado Anderson Silveira de Lima, responsável pelo caso, os resultados dos exames de necropsia das quatro vítimas, emitidos pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), atestaram morte por asfixia por monóxido de carbono. Esse laudo é o documento oficial que faltava para comprovar criminalmente a causa da morte - o legista já havia apontado na certidão de óbito da mãe e das filhas "morte decorrente de asfixia por monóxido de carbono."

Conforme Silveira, o laudo sobre o funcionamento do gerador a gasolina, que era usado pela família porque não tinham energia elétrica na casa, também é compatível com a causa da morte das vítimas. O delegado aponta que o equipamento é movido a gasolina e produz gases altamente tóxicos, tais como monóxido de carbono. 

A família foi encontrada desmaiada dentro da casa onde morava na Rua Noel Rosa, no bairro Vitória, em 10 de março. Cíntia de Moraes Costa, 36, já estava morta quando os socorristas chegaram no local. As irmãs Ana Júlia Costa da Silva, 15, Cintia Maria Costa da Silva, 11, e Samara Costa da Silva, três, morreram no hospital.  

Outros dois filhos de Cíntia, os irmãos Elias Costa da Silva, nove, e Vitória Costa da Silva, sete, e o companheiro dela, Maique Santos da Silva, 31, sobreviveram. As crianças receberam alta do Hospital Nossa Senhora da Oliveira na segunda-feira (1º) e estão sob o cuidado de familiares. Já o homem teve alta em 18 de março e, na mesma semana, prestou depoimento na delegacia de Vacaria, acompanhado por um advogado. 

Conforme a polícia, Silva disse ao delegado que a família tinha o costume de ligar outras vezes o equipamento dentro de casa, mas que alguém sempre desligava após algum tempo de uso. O caso é investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. 

Relembre o caso

  • Por volta das 8h30min do dia 10 de março, Jonas Borges de Oliveira, 32, chegou na casa da namorada, Ana Júlia Costa da Silva, na Rua Noel Rosa, no bairro Vitória, em Vacaria. A adolescente morava com a mãe, Cíntia de Moraes Costa, cinco irmãos e o padrasto, Maique Santos da Silva.
  • Ele estranhou a demora da família para abrir a porta e conseguiu entrar na casa pela janela, quando encontrou todos desacordados. Jonas chamou os socorristas e a Brigada Militar (BM). Quando as equipes chegaram, Cíntia já estava morta.
  • Os filhos e o companheiro dela foram encaminhados ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira (HNSO), em Vacaria.
  • Samara Costa da Silva, Cintia Maria Costa da Silva e Ana Júlia Costa da Silva morreram na instituição de saúde.
  • Vitória Costa da Silva e Elias Costa Costa da Silva foram transferidos ainda no domingo para um hospital de Santa Maria. O padrasto, Maique, seguiu em Vacaria.
  • Na casa, a polícia encontrou um gerador de eletricidade movido a gasolina. Esse equipamento, segundo informações preliminares, ficava sempre no lado de fora. Por esse motivo, a investigação apontou para uma intoxicação por monóxido de carbono gerado pela queima da gasolina.

GZH



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