Monitora de escola infantil é afastada após suspeita de maus-tratos em General Câmara
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a servidora pública pega a criança e amarra a uma cadeira
23/08/2023 11:12 por redação
A prefeitura de General Câmara, cidade distante 81 km de Porto Alegre, decidiu afastar, de forma preventiva, uma monitora da Escola de Educação Infantil Norberto Fagundes Ribeiro por suspeita de maus-tratos contra um aluno – uma criança de 2 anos. Um procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto contra a servidora.
De acordo com o prefeito da cidade, Helton Barreto, o caso chegou à Secretaria Municipal de Educação na semana passada, depois que outra monitora, que trabalhava na mesma sala de aula, disse que presenciou a mulher investigada amarrando a criança a uma cadeira.
"Por questão de segurança, todas as salas de aula tem câmeras e puxamos as imagens. Elas mostram esse fato grave de maus-tratos", afirma o prefeito.
Por recomendação da procuradoria jurídica do município, a Secretaria Municipal de Educação não vai ceder as imagens pelo menos até o final do PAD, que pode se estender por até 90 dias.
Apesar disso, o prefeito Barreto descreveu ao g1 que as imagens mostram o momento em que a monitora pega a criança e a amarra pela cintura na cadeira com uma espécie de corda.
"Chama atenção que ela fez isso só com esse aluno. Ela disse para a direção da escola que queria fazer uma espécie de 'cinto de segurança', mas não explicou a razão disso e o motivo de ter agido dessa forma", diz o prefeito.
A monitora é funcionária pública e ingressou no quadro da prefeitura como atendente de escola por meio de concurso há quatro meses. Ela ainda está em estágio probatório e, enquanto estiver afastada, continuará recebendo salário.
Ao longo do PAD, ela deve apresentar a sua versão do que aconteceu. Caso a comissão responsável por apurar o caso julgue que ela é culpada de maus-tratos, pode ser exonerada do cargo que ocupa.
Os pais da criança foram comunicados a respeito do que aconteceu. A criança continua matriculada na instituição de ensino e frequentando as aulas.
O caso não havia sido registrado em uma delegacia de polícia até a manhã desta quarta-feira (23).
G1/RS
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