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Mais de 100 casos de Violência contra a Mulher registrados em 2022 em Santo Augusto

Ameaça, lesão corporal e estupro figuram entre os registros que chegam até a Delegacia de Polícia. O Dia 08 de março é um dia de comemoração pelas conquistas das mulheres, mas também de reflexão.

08/03/2023 11:18 por redação


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FOTO: MT ELGASSIER / UNSPLASH





O Dia 08 de março é um dia de comemoração pelas conquistas das mulheres, mas também de reflexão. O Monitor da Violência e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) diz que em 2022, uma mulher foi morta a cada seis horas no Brasil, em média. Foram 1,4 mil mulheres mortas apenas pelo fato de serem mulheres.

Os dados sobre a violência contra as mulheres são assustadores. Um retrato sobre Santo Augusto mostra que durante todo o ano passado, ocorreram 65 registros na Delegacia de Polícia por ameaça, 34 por lesão corporal e seis casos de estupro, considerando também os estupros de vulnerável. Esses são os que houve representação e um Inquérito Policial foi instaurado.

Neste ano, somente em janeiro, foram registradas quatro ocorrências de ameaça e sete de lesão corporal. Os dados foram atualizados em seis de fevereiro e constam nos Indicadores de Violência contra a Mulher, da Secretaria Estadual de Segurança Púbica — SSP.

O delegado, Bruno Chaves, informou que esses casos representam o maior volume de infração penal na Delegacia de Polícia, praticamente todos os dias há algum relato de violência doméstica e familiar, pontuou. A Lei Maria da Penha abrange como violência doméstica ou familiar a violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Apesar de expressivos, esses números podem não representar a realidade, visto que muitas vítimas não denunciam as violências que sofrem, seja por medo, vergonha ou dependência do companheiro. A Secretária Municipal de Habitação, Assistência Social e Cidadania, Márcia Fucilini, em entrevista recente, afirmou que um grande número de mulheres está sendo violentada diariamente. Nesse sentido, a equipe da SEHAS trabalha com o fortalecimento da mulher, mostrando alternativas para cessar o ciclo de violência.

É importante destacar que a Lei Maria da Penha, existe exclusivamente para estipular punição adequada e coibir os atos de violência contra a mulher, e a única forma de diminuir esses índices, é através da conscientização e da denúncia.

Na Delegacia em Santo Augusto, o protocolo para o atendimento de casos de violência sexual ou outras que sejam mais delicadas sempre é feito por mulheres, pontuou o delegado. Portanto, se você está passando por alguma situação conflituosa, não sinta vergonha, busque ajuda. Denuncie no 180, na Delegacia ou na Secretária Municipal de Habitação, Assistência Social e Cidadania.



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