O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), através da 6ª Câmara Cível  emitiu na sexta-feira, 09,  despacho suspendendo a sentença que havia determinado a liquidação da Cotrijuí.   O pedido foi feito pela Associação dos Credores, Amigos e Interessados no Soerguimento da Cotrijuí (ACAISC) e pela Associação dos Sócios, Credores e Vinculados Diretos e Indiretos da Cotrijui (ASCREDI).

Em entrevista à Rádio Querência, o presidente da ASCREDI, Osvaldo Meoti, explicou que correções no balanço patrimonial - realizado em 2018 e utilizado para justificar a decisão de liquidação - mostram que a dívida da cooperativa não corresponde a 100% do patrimônio, o que em tese, com negociações, poderia permitir que a cooperativa voltasse para a atividade.

Na época, a Justiça considerou o balanço patrimonial e de ativos e concluiu que a cooperativa não tinha mais condições de cumprir com seus compromissos. O novo relatório, que apontou superavit, foi elaborado com base em auditorias fiscais realizadas por uma banca de especialistas, que trabalham em conjunto com as associações, disse Meoti. 

A partir de agora cabe aos associados decidirem se pretendem ou não recuperar a cooperativa, ressaltou o presidente da ASCREDI.  Reuniões serão realizadas em todas as regiões onde a cooperativa está presente para que os associados compreendam a situação atual. 

A ASCRED também solicitou o afastamento do liquidante judicial, e a colocação de um recuperador judicial. Quanto a isso, não há definições até o momento. 

Com a decisão da última semana, o patrimônio da Cotrijui não pode ser vendido ou leiloado para saldar as dívidas, processo que já estava em andamento.

Abaixo, o presidente da ASCREDI, Osvaldo Meoti, detalhou situação: