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Mais denúncias contra professora de creche em Caxias do Sul aumentam a gravidade do caso

Testemunhas estão sendo ouvidas e a professora deverá ser a última a prestar depoimento

22/08/2025 10:37 por Bruno Vargas


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Reprodução/Câmera de Vigilância


Duas novas famílias registraram boletins de ocorrência contra a professora Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, acusada de agredir crianças na creche Xodó da Vovó, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Os relatos seriam de episódios antigos, mas vieram à tona após a divulgação de um vídeo recente em que a educadora agride um aluno com uma pilha de livros.

Segundo a delegada Thalita Giacomiti Andriche, responsável pela investigação, outras denúncias informais também chegaram ao conhecimento da polícia. “Estamos aguardando que essas informações sejam formalizadas. Quem tiver relatos ou souber de casos semelhantes, deve procurar a Delegacia de Pronto Atendimento para registrar a ocorrência”, orienta.

A Polícia Civil já iniciou a oitiva de testemunhas relacionadas aos três casos conhecidos até o momento. A professora será a última a prestar depoimento. A previsão é de que as oitivas sejam concluídas ainda nesta semana, com o inquérito devendo ser encerrado em até 30 dias.

No vídeo que originou a denúncia mais recente, a professora aparece gritando com um aluno e, logo depois, o atinge com uma pilha de livros. Em seguida, ela limpa o menino com um papel e o leva para outro cômodo. “Se aqueles livros tivessem quebrado o pescoço do meu filho? Ali tinha, fácil, de 8 a 10 kg”, disse o pai da criança agredida.

A escola, que inicialmente escolheu a professora como funcionária de confiança, afirma ter seguido o protocolo: notificou os pais, acionou o resgate, e após analisar as imagens internas, demitiu a profissional. A direção também acompanhou a família até a delegacia e entregou os vídeos à polícia. Em nota, a instituição declarou estar à disposição das famílias e reiterou seu compromisso com o cuidado e o bem-estar das crianças.

Embora, até o momento, a escola seja tratada como testemunha, a delegada não descarta uma possível responsabilização criminal da instituição, dependendo dos desdobramentos da investigação.

O inquérito foi instaurado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e, inicialmente, o caso é investigado como lesão corporal. No entanto, segundo a delegada Thalita Andrich, também há possibilidade de reclassificação para maus-tratos qualificados ou até tortura, conforme a evolução das provas.

A criança agredida, que frequentava a creche há apenas dois meses, segue em recuperação, enfrentando restrições alimentares e emocionais.



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