A partida entre Internacional e Flamengo, realizada na noite de quarta-feira (20) no Beira-Rio, teve seu início atrasado em mais de 20 minutos por um motivo inusitado: uma forte chuva de papel picado prateado caiu sobre o gramado momentos antes do apito inicial, sem qualquer explicação oficial até o momento.

O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, ao ser questionado na zona mista, afirmou apenas que estava concentrado no jogo e não sabia quem havia autorizado a ação. “Estava focado na partida, não sei de quem foi a responsabilidade”, disse ele.

Nos bastidores, circula a informação de que o efeito estava previsto para ser utilizado apenas em caso de classificação do Colorado — ou seja, ao final do jogo, e não no início. Há relatos de que a ideia teria partido de um dos vice-presidentes do clube, mas essa versão não foi confirmada oficialmente. “Alguém, por algum motivo, resolveu lançar o material sobre o campo. Não sabemos de quem partiu a ordem”, afirmou uma pessoa envolvida na organização do evento.

O material foi lançado por um grupo posicionado sobre a cobertura do estádio Beira-Rio, em uma área de acesso restrito. A queda do papel picado ocorreu quando os times já estavam perfilados para o início da partida, o que obrigou o árbitro uruguaio Esteban Ostojich a interromper o protocolo e só autorizar o início do jogo após a limpeza do gramado.

Inicialmente, apenas dois funcionários, munidos de sopradores, tentaram remover o material. Com o avanço lento da operação, mais dois funcionários com vassouras metálicas e, posteriormente, uma equipe arrastando redes sobre o gramado, foram acionados para agilizar a limpeza.

Apesar dos esforços, o jogo só teve início 21 minutos após o horário previsto, com partes do campo ainda cobertas pelo papel. O Inter foi derrotado por 2 a 0 e deu adeus à Copa Libertadores. Agora, o clube teme uma possível punição por parte da Conmebol, que costuma aplicar multas em dólares em casos de atraso, especialmente em partidas de competições continentais.