Museu das Missões reabre ao público depois de cinco anos fechado
Local que abriga a maior coleção pública de imagens sacras missioneiras do Brasil estava fechado desde a pandemia
08/08/2025 14:23 por Maira kempf

Espaço foi projetado por Lúcio Costa e inaugurado oficialmente em 1940. Ibram / Reprodução
Depois de cinco anos fechado, o Museu das Missões, localizado no Sítio Histórico de São Miguel Arcanjo, em São Miguel das Missões, voltou a receber visitantes. A cerimônia de reabertura acontece na manhã desta sexta-feira (8) e marca o início de uma nova fase para a instituição, que é gerida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Localizado em uma das regiões mais emblemáticas das Missões Jesuíticas, o museu abriga a maior coleção pública de imagens sacras missioneiras do Brasil. Ao todo, são 84 peças em exposição, que variam de 20 centímetros a quase 2,5 metros de altura, talhadas em madeira policromada e testemunhos da presença indígena e religiosa na formação cultural do território.
O museu fechou durante a pandemia, assim como as visitas às ruínas. Em 2021, o sítio arqueológico voltou a funcionar, mas o museu permaneceu inacessível. Segundo o Ibram, o motivo teve a ver com a dificuldade de contratar empresas para realizar os serviços de limpeza, recepção e segurança do local.
Projetado por Lúcio Costa e inaugurado oficialmente em 1940, o museu ocupa duas edificações históricas: o Pavilhão Lúcio Costa e a antiga Casa do Zelador, hoje adaptada para uso expositivo e administrativo.
Espaço reorganizado
A reabertura foi viabilizada por meio de uma reorganização institucional, com novas contratações e a retomada da direção da unidade. A atual diretora, Ana Ramos Rodrigues Castro, empossada em maio de 2025, destaca que o momento é de reconstrução de vínculos com a comunidade local e de incentivo à visitação.
— As expectativas são de muito diálogo e parcerias para promover uma maior integração com a comunidade e proporcionar uma experiência de novos conhecimentos aos visitantes — disse.
Durante o período de fechamento, o museu manteve atividades essenciais como conservação do acervo e gestão administrativa, mesmo com equipe reduzida.
Agora, a nova gestão planeja ações educativas, visitas escolares e parcerias com instituições locais, além de melhorias no espaço expositivo e incentivo à pesquisa museológica.
GZH
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