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Com casos em alta, hepatite A preocupa autoridades de saúde no RS

Vacina está disponível pelo SUS para crianças menores de 5 anos e adultos usuários de PrEP.

22/07/2025 15:46 por Maira kempf


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Vacina paara hepatite A — Foto: Reprodução/RBS TV


O número de casos de hepatite A em 2025 preocupa as autoridades de saúde do RS. Até julho, 193 diagnósticos foram confirmados, quase superando o total do ano passado. No Brasil, o cenário também é motivo de alerta.

Os dados são do Ministério da Saúde e da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul (SES). A maioria dos diagnósticos é em homens de 20 a 49 anos de idade.

A hepatite A é uma inflamação no fígado causada por uma infecção viral. A transmissão pode ocorrer, principalmente, pela relação sexual. Pessoas que vivem em locais com problemas na coleta e tratamento de esgoto também estão expostas à doença.

Casos sem relação, diz SES

Mesmo preocupante, o cenário ainda é menos grave do que 2023, quando o estado teve surto da doença.

A farmacêutica Ana Carolina Almeida, analista em Saúde na Secretaria Estadual de Saúde, afirma que, até o momento, não é possível estabelecer relação entre os casos de 2025.

“A gente não define como surto porque não consegue definir um vínculo entre esses casos, mas tem aumento de casos localizados em municípios específicos, como Porto Alegre, Cachoeirinha e São Leopoldo”.

Vacinas estão disponíveis

Desde maio, a vacina contra a hepatite A está disponível para adultos que usam Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). É um medicamento que ajuda na prevenção de HIV. A imunização é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser feita em duas doses. Para receber, é obrigatório comprovar que toma PrEP.

“A vacina para adultos está disponível através dos Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE). A pessoa usuária de PrEP vai de posse da sua receita de PrEP procurar um serviço de saúde onde está vinculada e o profissional de saúde vai fazer a solicitação desse imunobiológico através do sistema dos CRIE. Então, após a vinda desse imunobiológico, essa pessoa vai poder se vacinar”, afirma Ana Carolina.

A vacina também está disponível para crianças e portadores de comorbidades específicas (veja a lista abaixo).

Segundo o professor Cheinquer, os estudos da Medicina indicam que o efeito da vacina pode durar décadas.

“Se dura uma vida inteira, ninguém tem certeza, mas tem casos que desaparecem os anticorpos no sangue e a pessoa está protegida por uma memória do sistema imunológico. Então, é melhor considerar que uma vacinação protege para o resto da vida, mas pode ter casos que a medicina desconhece em que a vacina perde o efeito depois de 20 ou 30 anos. Essa vacina já existe há muitos anos e ela é super segura, protege 99% das vezes o contágio”, completa.

 

Quem pode tomar a vacina?

  • Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C;
  • Portadores crônicos do vírus da hepatite B;
  • Coagulopatias;
  • Crianças menores de 13 anos com HIV/Aids;
  • Adultos com HIV/Aids que sejam portadores do vírus da hepatite B ou do vírus da hepatite C;
  • Doenças de depósito;
  • Fibrose cística;
  • Trissomias;
  • Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora;
  • Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes;
  • Transplantados de órgão sólido ou de medula óssea;
  • Doadores de órgão sólido ou de medula óssea, cadastrados em programas de transplantes;
  • Hemoglobinopatias.

G1/RS



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