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Irã dispara nova barragem de mísseis contra Israel como represália

O Irã atacou Israel na manhã deste sábado com uma série de disparos de mísseis em nova represália à ação israelense sem precedentes contra instalações militares e nucleares em solo iraniano, que matou vários generais de alto escalão.

14/06/2025 05:33 por Bruno Vargas


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Gil Cohen / AFP / CP


O Irã atacou Israel na manhã deste sábado com uma série de disparos de mísseis em nova represália à ação israelense sem precedentes contra instalações militares e nucleares em solo iraniano, que matou vários generais de alto escalão. Sirenes de alerta de um ataque aéreo e explosões ressoaram em Israel durante a madrugada e a manhã e o Exército israelense pediu à população que buscasse abrigo em refúgios antiaéreos.

O Exército israelense afirmou que dezenas de mísseis - alguns interceptados - foram disparados nas últimas salvas do Irã. Segundo um jornalista da AFP, colunas de fumaça erguiam-se acima dos arranha-céus no centro de Tel Aviv, enquanto a Guarda Revolucionária do Irã dizia ter atacado dezenas de alvos em Israel.

O serviço dos bombeiros de Israel informou que suas equipes estavam respondendo às consequências dos ataques de mísseis iranianos, e trabalhando no resgate de pessoas presas em um edifício alto. As equipes de resgate disseram que 34 pessoas ficaram feridas na região de Gush Dan, incluindo uma mulher que morreu posteriormente em decorrência dos ferimentos, de acordo com relatos da mídia israelense.

Em Teerã, a capital iraniana, o aeroporto de Mehrabad amanheceu neste sábado envolto em chamas e em uma densa coluna de fumaça. Dezenas de pessoas foram às ruas de Teerã durante a noite para comemorar a resposta militar do país, algumas agitando bandeiras nacionais e entoando slogans anti-Israel.

O embaixador iraniano nas Nações Unidas, Amir Iravani, relatou na sexta-feira que a primeira onda de ataques israelenses deixou pelo menos 78 mortos e mais de 320 feridos, em sua maioria civis. Após um dia de bombardeios, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cessar-fogo entre os dois países. 'Chega de escalada, é hora de parar. A paz e a diplomacia devem prevalecer', escreveu na rede social X.

Autoridades americanas disseram que estavam ajudando Israel a se defender dos disparos de mísseis, mesmo com Washington insistindo em que não tinha nada a ver com os ataques de Israel ao Irã. Em uma conversa com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump concordou que a 'diplomacia e o diálogo' eram necessários para acalmar a crise, segundo uma nota do gabinete do chefe de governo britânico.

Trump também conversou com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na sexta-feira, segundo autoridades americanas, que não deram mais detalhes. Os disparos de mísseis iranianos foram efetuados horas depois de Israel indicar que seus ataques aéreos generalizados mataram vários generais iranianos de alto escalão, incluindo a maior parte dos comandantes da força aérea da Guarda Revolucionária.

Israel lançou várias rodadas de ataques que atingiram cerca de 200 alvos, incluindo instalações nucleares e bases aéreas. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu levar Israel 'à ruína' durante um discurso televisionado. Netanyahu, por sua vez, conclamou a população iraniana a se unir contra o seu próprio governo, mas também alertou que mais ataques estavam por vir.

Embora tenham ressaltado que não estavam envolvidos nos ataques israelenses, os Estados Unidos alertaram o Irã a não atacar seu pessoal ou interesses na região. Teerã, no entanto, afirmou que Washington seria 'responsável pelas consequências'.

Os ataques mataram o oficial militar de mais alta patente do Irã, Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, e também o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, segundo a imprensa iraniana. Khamenei nomeou rapidamente novos comandantes para substituir os que foram mortos.

Correio do Povo



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