Início Notícia Voltar

Acordo para aumentar número de deputados federais pode tirar duas vagas do RS

Proposta prevê aumento de 513 para 527 parlamentares para evitar perda de vagas em Estados

26/02/2025 09:15 por redação


CapaNoticia

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), articula um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) para ampliar de 513 para 527 o número de deputados federais. A proposta busca ajustar a representação dos Estados com base no Censo de 2022 sem que nenhuma unidade da Federação perca cadeiras.

O debate surgiu após o STF determinar, em agosto de 2023, que a Casa refaça a distribuição proporcional das bancadas estaduais conforme os novos dados populacionais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assumirá essa definição caso o Legislativo não aprove uma lei complementar até 30 de junho.

Estados que perderiam e ganhariam vagas

O Censo de 2022 revelou mudanças demográficas que impactam a representatividade na Câmara. Pelo critério populacional, Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Paraíba e Piauí perderiam cadeiras, enquanto Pará e Santa Catarina seriam os maiores beneficiados.

Perderiam vagas:

  • Rio de Janeiro (-4)
  • Rio Grande do Sul, Paraíba, Piauí e Bahia (-2 cada)
  • Pernambuco e Alagoas (-1 cada)

Ganham vagas:

  • Santa Catarina e Pará (+4 cada)
  • Amazonas (+2)
  • Ceará, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso (+1 cada)

Impacto e resistência política

Deputados das bancadas que poderiam perder representação têm pressionado para evitar a mudança. Hugo Motta argumenta que a redistribuição de vagas pode prejudicar Estados economicamente e politicamente.

“Perder essa representatividade é perder orçamento, tira vozes importantes e o critério também não é justo. Quem cresceu tem o direito. Penso que a solução seria um acordo, combinado com o Supremo, para que se aumente a quantidade de deputados federais e ninguém perca”, declarou Motta em entrevista à Rádio Arapuan, na Paraíba.

A proposta enfrenta resistência da opinião pública, já que o aumento no número de parlamentares pode gerar mais custos ao Congresso. Motta reconheceu essa preocupação e disse que será necessário buscar formas de garantir que a ampliação das vagas não aumente os gastos da Casa.

Próximos passos

Um projeto de lei que ajusta a distribuição das bancadas já tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mas sua votação foi adiada no fim de 2023 por pressão de deputados do Rio de Janeiro, Estado que mais perderia cadeiras.

Se o Congresso não aprovar a mudança até o fim de junho, caberá ao TSE definir a nova composição da Câmara até outubro de 2025, um ano antes das eleições de 2026.

LA+



Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.


Este site usa cookies para garantir que você obtenha a melhor experiência.

Ouça aqui

89.7 FM

Gramofone

Ouça aqui

91.5 FM

Gramofone
89.7
91.5