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Morre jovem indígena que sofreu queimadura com aparelho de fondue em jantar de formatura no RS

Jaqueline Tedesco, de 26 anos, foi hospitalizada com 30% do corpo queimado no sábado (9), após incidente que aconteceu durante jantar de formatura. Polícia Civil investiga o caso.

15/03/2024 08:43 por redação


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Foto: Reprodução/ G1


 

Morreu nesta sexta-feira (15) a jovem indígena Jaqueline Tedesco, que sofreu queimaduras após um incidente com um aparelho de fondue durante seu jantar de formatura, em um restaurante de Rio Grande, no Sul do estado.

A informação foi confirmada pela advogada da família, Aisllana Zogbi, e pela Polícia Civil. Familiares se manifestaram nas redes sociais. Segundo a advogada, Jaqueline teria sofrido duas paradas cardiorrespiratórias.

Segundo o advogado do restaurante Le Petit Rio Grande, onde aconteceu o incidente, Afonso Celso Pupe Neto, o estabelecimento se solidariza com a morte e vai pagar o funeral da jovem.

Ainda de acordo com a defesa, o foco foi "prestar auxílio aos familiares e à vítima", que estavam em contato com os parentes e que, por fim, respeitam o momento vivido pela família.

Jaqueline faleceu aos 26 anos. Ela estava internada na Santa Casa de Rio Grande com 30% do corpo queimado. A jovem comemorava a formatura no curso de direito da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) em um jantar com familiares e amigos no restaurante.

Segundo relato da família à polícia, uma garrafa de álcool explodiu quando uma funcionária do restaurante Le Petit Rio Grande tentava reabastecer o aparelho de fondue.

De acordo com o restaurante, o "incidente ocorreu n? reabastecimento do rechaud, o qual continha resquício de chama, resultando no espalhamento e ferimento em uma de nossas colaboradoras e cliente". O estabelecimento ainda diz trabalhar "para entender a causa exata e implementar redobrada medida preventiva para garantir que tal fato não aconteça novamente".

 

Câmera apreendida

Na quinta-feira (14), um mandado de busca e apreensão foi cumprido pela Polícia Civil e resultou no recolhimento do aparelho de DVR (gravador digital de vídeo, em português). O equipamento passará por análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP).

"Os proprietários informaram que o sistema de câmeras não guarda as imagens, motivo por que encaminharemos o DVR ao IGP para perícia", disse o delegado, Maiquel Fonseca.

A polícia também expediu ofícios às autoridades fiscalizadoras para saber se o restaurante operava de forma regular no município. O delegado já ouviu os donos do estabelecimento e algumas outras testemunhas.

Ainda na quinta-feira (14), a advogado do restaurante, Affonso Celso Pupe Neto, informou que a diligência foi acompanhada "com absoluta tranquilidade" pela defesa, e que, apesar de não ter tido acesso à investigação, está à disposição para colaborar com a Polícia.

O restaurante afirma ainda que presta apoio à família. Leia a nota na íntegra abaixo.

Em nota, publicada nas redes sociais após o ocorrido, o Le Petit afirma que "imediatamente ao fato, prestamos toda assistência à colaboradora e à cliente, e estamos acompanhando de perto a recuperação".

 

 

Nota do restaurante Le Petit

 

"Em razão do evento acidental ocorrido na data de 09/03/2024 nas dependências de nosso restaurante, informamos que, diferentemente de algumas notícias e manifestações lançadas em redes sociais, desde o evento acidental ocorrido na data 09/03 com Jaqueline Tedesco, a empresa e seus administradores vêm prestando toda a assistência material que é solicitada pela família de Jaqueline, bem como, sistematicamente, buscando obter informações atualizadas sobre seu estado de saúde.

Independentemente do trâmite dos procedimentos legais de apuração dos fatos (os quais ainda se encontram em estágio embrionário e não tiveram conclusão final emitida pelas autoridades), desde o acontecido o restaurante Le Petit se prontificou e, efetivamente, passou a contribuir com o custeio das necessidades indicadas pelos familiares da jovem (medicamentos, transporte e insumos requisitados por seus familiares), assim agindo como forma de demonstração real de respeito e solidariedade à situação após o incidente, sentimentos esses que são inabaláveis em nossa cultura corporativa.

Além disso, tão logo instados pela autoridade policial responsável pela apuração dos fatos - a qual, registre-se, até o momento, vem conduzindo os trabalhos de forma célere e comprometida com a compreensão da realidade -, os administradores do restaurante passaram a colaborar imediatamente para os esclarecimentos necessários, na pois possuem absoluta confiança no trabalho dos órgãos do Estado e em suas vindouras conclusões, detendo, assim, total convicção de que a investigação, com base em indícios e provas concretas, revelará a realidade ocorrida.

Como referido, para além de qualquer questão relacionada ao mérito do evento e sua definitiva apuração, o restaurante, através de seus administradores, possui como filosofia existencial o absoluto respeito por todos os seus consumidores e é concretamente solidário a Jaqueline e seus familiares."

G1/RS



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