Com pouco mais de 98% das urnas apuradas no Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão está eleito para a única vaga de senador no Estado disputada este ano. O candidato do Republicanos vai fazendo 44,25% dos votos válidos, e não pode mais ser alcançado. Atrás dele estão Olívio Dutra (PT), com 37,69%, e Ana Amélia Lemos (PSD), com 16,46% dos votos. 

O resultado até aqui surpreende em relação ao que diziam as pesquisas eleitorais, que apontavam para eleição do candidato petista nas urnas. 

Atual vice-presidente do Brasil, o general da reserva do Exército Hamilton Mourão tem 69 anos. Nascido em Porto Alegre e egresso do Colégio Militar da Capital, chegou ao posto de comandante militar do Sul antes de deixar a ativa, em fevereiro de 2018, quando assumiu a presidência do Clube Militar no Rio. No mesmo ano, se engajou na chapa de Jair Bolsonaro. Na campanha ao Senado, Mourão disse que pretende auxiliar o Executivo a recuperar o controle do orçamento. 

A disputa para o Senado teve mudanças no RS às vésperas da eleição, após retirada da candidatura de Comandante Nádia, do PP. O movimento teve finalidade de favorecer a eleição de Mourão, como estratégia de concentrar votos da direita.

Assim que a vitória se cristalizou, Mourão falou sobre o resultado:

— A direita não é um grupamento de trogloditas e retrógrados. Mas um grupo de pessoas que entende que precisamos de desenvolvimento econômico, que nós precisamos ter mais educação, mais saúde. Uma melhor segurança pública. Com um Estado que tenha menos intervenção na vida do cidadãos. Entendemos o que é o conservadorismo. O conservadorismo é uma união da tradição e da experiência.

Ele comentou também sobre o que considera ter sido definidor para a sua eleição:

— O nosso projeto. Ele é muito claro. Ele vai ao encontro ao que é aquilo que o nosso povo do Rio Grande pensa. A gente não pode entender que o Estado tem que ser responsável por todas as nossas necessidades. O Estado é o indutor do crescimento. O Estado tem que alinhar as pessoas na linha de partida, tem que se preocupar com educação, com saúde, com segurança pública e melhorar a infraestrutura, atrair investimentos, e para fazer isso o Estado tem que ser mais eficiente e eficaz. E essa sempre foi a nossa proposta. A proposta que vem desde o presidente Bolsonaro e dessa maneira que nós vemos o futuro para o nosso país.