Aneel autoriza construção de Pequena Hidrelétrica na região
A usina ficará localizada entre os municÃpios de Erval Seco e Redentora, no rio Guarita
09/09/2022 10:55 por redação
Pequenas Centrais Hidrelétricas possuem potência de 5 MW a 30 MW (Foto: Certel / Jornal do Comércio / Divulgação)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu a autorização para a implantação de mais uma pequena central hidrelétrica (PCH – empreendimentos que têm capacidade de geração de 5 MW a 30 MW) no Rio Grande do Sul. O órgão regulador do setor elétrico liberou a empresa Guarita Geradora de Energia para construir a PCH Edelweiss.
A usina ficará localizada entre os municípios de Erval Seco e Redentora, no rio Guarita. O complexo prevê uma potência instalada de 6 MW, energia suficiente para abastecer uma população de cerca de 20 mil pessoas. O investimento para concretizar um empreendimento como esse, atualmente, é estimado pelo mercado entre R$ 35 milhões a R$ 60 milhões. Foi dado pela Aneel o prazo de 54 meses para a entrada em operação comercial do empreendimento. Para sair do papel, a estrutura precisa ainda garantir a comercialização da sua energia.
Um dos mecanismos que possibilita a venda da geração de usinas são os leilões de energia promovidos pelo governo federal. O próximo certame dessa natureza está marcado para ser realizado no dia 16 de setembro. Inicialmente, para essa disputa foram cadastradas quatro PCHs gaúchas que somavam 54 MW, além de 58 parques eólicos a serem desenvolvidos no Rio Grande do Sul, com potência total de 2.973 MW, e três termelétricas, com 1,3 mil MW.
No entanto, o presidente da Associação Gaúcha de Fomento às PCHs (AGPCH), Roberto Zuch, revela que acabou sendo habilitada tecnicamente para a concorrência, no Estado, apenas a PCH Vale do Leite. A usina irá operar entre os municípios de Pouso Novo e Coqueiro Baixo, no rio Forqueta. A iniciativa, da cooperativa Certel, deve absorver cerca de R$ 45 milhões em investimentos e terá potência instalada de 6,4 MW.
Sobre o pequeno número de PCHs participantes nesse certame, Zuch argumenta que o simples fato de fazer a inscrição para ingressar no leilão implica custos. “No caso dos empreendedores que não têm uma perspectiva favorável de ter os documentos necessários, como as licenças ambientais, se eles vislumbram que terão dificuldades de êxito, eles evitam esses gastos”, comenta o dirigente. O presidente da AGPCH frisa que, quanto maior for a quantidade de projetos com licenciamento prévio, mais abundantes deverão ser as iniciativas cadastradas nos leilões.
Como os parques eólicos gaúchos sofrem uma acirrada competição com os complexos no Nordeste e as térmicas, principalmente a carvão, têm várias restrições ambientais para serem materializadas, as PCHs têm sido os empreendimentos em energia no Rio Grande do Sul com maior sucesso nos leilões recentemente realizados. Em maio, três projetos gaúchos desse tipo (Saltinho RS, Santo Antônio do Jacuí e Linha Onze Oeste) saíram vitoriosos de um certame. As usinas, que serão implementadas nos rios Ituim, Jacuí e Ijuí, somarão uma potência instalada de 55 MW e absorverão um investimento de aproximadamente R$ 350 milhões.
Fonte: Jornal do Comércio
Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.