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Justiça prorroga por mais 30 dias prisão da mãe de menino morto em Planalto

23/06/2020 08:11 por fernando


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A juíza Marilene Parizotto Campagna, da comarca de Planalto, no Norte do estado, prorrogou por mais 30 dias a prisão de Alexandra Dougokenski, nesta segunda-feira (22). Suspeita de matar o filho, Rafael Mateus Winques, há cerca de um mês, ela confessou o assassinato, mas alega não ter tido intenção ao administrar um remédio contra a ansiedade para o menino dormir. A prisão temporária, expedida pela Justiça, terminaria nesta terça (23). A defesa de Alexandra e a Polícia Civil representaram um pedido, na sexta (19). Os advogados reivindicavam a soltura após o período estabelecido e a polícia, a extensão da detenção. A juíza entendeu que a manutenção da prisão é necessária para que a investigação siga ocorrendo sem prejuízo a provas e testemunhas. A magistrada destacou, ainda, que o endereço de residência da suspeita é o mesmo do crime, o que pode influenciar no andamento do inquérito. "A prorrogação da prisão temporária da investigada revela-se imprescindível para as investigações do inquérito policial, (...) com a juntada dos laudos periciais pendentes e com a realização das diligências faltantes, pode surgir a necessidade de outras diligências complementares, inclusive oitiva ou reinquirição de testemunhas, que podem ser influenciadas pela investigada, caso posta em liberdade", explicou na decisão. Ao G1, o advogado Jean Severo, que representa Alexandra, afirmou que recebeu com tranquilidade a extensão da prisão. Além disso, destacou que a decisão da juíza determina que laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) sejam anexados ao inquérito. Segundo ele, as perícias podem reforçar a ideia de que a morte foi acidental. "A magistrada quer que sejam aportados os laudos, assim como a defesa, então vamos aguardar o quanto antes esses laudos. Isso é muito importante", diz Severo. "Apareceram substâncias, medicamentos na urina do menino. E, se houve morte por asfixia, foi no transporte do corpo, o que comprova que ela nunca teve dolo. A gente acredita que, com isso, consiga finalizar o crime como homicídio culposo", conclui. Com a decisão, Alexandra Dougokenski deve permanecer detida na Penitenciária Feminina de Guaíba até 23 de julho. De acordo com a defesa, um novo pedido de liberdade não deve ser feito neste momento. O advogado informou que decidiu aguardar o andamento do processo. Reconstituição da morte A reconstituição da morte do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, aconteceu na noite de quinta-feira (18), em Planalto, no Norte do estado. A reprodução da noite do crime foi conduzida por uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) e durou cerca de três horas. A mãe, Alexandra Dougokenski, refez o caminho como teria feito na noite de 14 e na madrugada de 15 de maio. Policiais levaram objetos em sacos para dentro da casa para reproduzir a cena. O advogado dela, Jean Severo, acompanhou tudo de perto. Ela passou pelo lado de fora da casa dos vizinhos carregando um boneco, que simulava o corpo do menino, percorreu o lado externo e foi até a garagem onde o corpo foi encontrado. A presença do irmão mais velho de Rafael, um adolescente de 17 anos, estava confirmada, mas ao longo da noite a Polícia Civil informou que ele não ia mais participar da reconstituição. "Ele só ouviu, então a versão dele não implica em reprodução porque ele só ouviu, a gente não tem como reproduzir. Desde a meia-noite para frente ouvia passos de pessoas caminhando na casa, ouvia barulho na cozinha, ouvia barulho na porta, viu a luz acender, mas viu pela fresta", destaca Eibert. Substância química na urina de Rafael O delegado Joerberth admitiu que foram encontrados resquícios de um medicamento na urina de Rafael. A perícia avalia, entretanto, se a dose era suficiente para causar a morte do menino ou se ele foi morto por asfixia mecânica, de acordo com o primeiro laudo. O caso segue sendo tratado pela polícia como homicídio doloso, quando há a intenção de matar. O IGP justifica que a demora na divulgação do laudo, que é contestada pela defesa de Alexandra, se deve a uma demanda muito alta das análises, e que elas envolvem procedimentos um pouco mais demorados. Fonte: G1/RS  



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