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Como será o clima em setembro; prepare-se para um mês de extremos

Clima marcará a transição do inverno para a primavera com extremos de calor e frio no Centro-Sul do Brasil e aumento de temporais

02/09/2025 07:07 por Maira kempf


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Chuva deve persistir até o dia 10 de setembro pelo Rio Grande do Sul. Mateus Bruxel / Agencia RBS


O clima em setembro terá extremos no Brasil com protagonismo do calor que vai ser excessivo com muitos dias quentes e de temperatura extremamente alta em diversos estados. No Sul, mesmo sem El Niño, a chuva pode ter volumes muito altos em parte da região com aumento de temporais.

O inverno astronômico termina às 15h19min do dia 22 de setembro, mas o chamado período da primavera meteorológica começam nesta segunda-feira, porque compreende o trimestre que vai de setembro a novembro. Setembro é, assim, um mês que marca a transição para a primavera e traz junto um aumento da temperatura.

Particularmente no Rio Grande do Sul, setembro costuma na climatologia histórica ter altos volumes de chuva com muitos episódios passados de cheias de rios e enchentes. Tanto que, no caso do estado gaúcho, há o folclore da enchente de São Miguel, na segunda metade do mês, o que não ocorre todos os anos.

Como será a chuva em setembro

A tendência, conforme análise da MetSul Meteorologia, é de aumento da chuva durante setembro no Centro-Sul do país à medida em que a estação seca no Brasil Central começa a entrar na sua fase final. A maior parte do Centro-Oeste ainda terá precipitação abaixo ou perto da média, mas no decorrer de setembro a umidade começa a retornar e pontos isolados do Mato Grosso do Sul e mais ao Norte do Mato Grosso podem ter precipitação acima da normal histórica.

Onde mais vai chover será no Sul do Brasil, exceção do Norte do Paraná que tem clima mais próximo do Sudeste e do Centro-Oeste e terá precipitação mais irregular durante setembro. A tendência é de chuva acima da média neste setembro em grande parte do Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina e do Paraná.

No estado gaúcho, o mês pode terminar com precipitação muito acima da média em algumas localidades, o que sugere o risco de episódios de precipitação volumosa e com risco de cheias de rios, o que já ocorreu em maio, junho e agosto no território gaúcho mesmo sem El Niño.

Aliás, a primeira metade de setembro deve ter muita chuva no Rio Grande do Sul e em vários municípios a precipitação pode superar a média histórica mensal ainda nos primeiros sete a dez dias de setembro com marcas de 150 mm a 250 mm.

Setembro mais quente na maioria dos estados

De acordo com a análise da MetSul Meteorologia, setembro em 2025 deve ser marcado por temperatura acima a muito acima da média histórica em quase todo o Centro-Sul do Brasil. Os maiores desvios de precipitação devem se dar no Centro-Oeste e em parte do Sudeste. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a perspectiva é de um mês com temperatura perto ou pouco acima da média histórica, enquanto no Paraná são mais prováveis anomalias acima a muito acima da climatologia histórica.

No Sul, massas de ar frio continuarão a alcançar a região e haverá geada tardia. O frio será menos frequente que em junho, julho e agosto com vários dias agradáveis e alguns quentes. Os episódios de ingresso, a propósito, tendem a ser curtos. Já o calor marcará também presença, mas não será frequente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Alguns dias de setembro, historicamente, podem ser de calor intenso mais ao Sul do Brasil, normalmente precedendo chuva e temporais.

Começa o período mais crítico do ano de temporais no Sul

Setembro, como mês da primavera climática, tende a ter um aumento dos episódios de tempo severo no Sul do Brasil. O risco é principalmente agravado com incursões tardias de ar frio à medida que a presença de ar quente se torna mais comum sobre o Sul do país com o fim do inverno.

O encontro de massas de ar frio e quente gera as tempestades severas, sobretudo na chegada de frentes frias. Em incursões de ar frio mais fortes precedidas por ar quente sob baixa pressão cresce muito o risco de vendavais.

Por fim, setembro é um mês com maior propensão para a formação de ciclones extratropicais no Atlântico Sul, nas latitudes médias do continente, especialmente nos litorais da Argentina e Uruguai, e às vezes na costa do Sul do Brasil, uma vez que se torna mais frequente o encontro de massas de ar quente e frio na região.

Devem ser esperados alguns ciclones na costa uruguaia e argentina, o que pode trazer episódios de vento e tempo severo mais ao Sul do Brasil.

 

Fonte: Correio do Povo



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