Paciente de Campo Novo recebe o primeiro transplante renal de 2025 no Hospital de Clínicas Ijuí
Desde o início, eu sabia que precisava de um transplante. Estou extremamente feliz por ter recebido um rim e poder viver esse momento tão importante. Sou imensamente grato a quem fez essa doação”, declarou o paciente
11/04/2025 07:37 por Maira kempf

Foto: divulgação
O Hospital de Clínicas Ijuí (HCI) realizou, na última segunda-feira, 7 de abril, o primeiro transplante renal de 2025. O paciente beneficiado foi João Siqueira Marques, de 50 anos, morador de Campo Novo, que enfrentava problemas renais há cinco anos em decorrência da diabetes.
João percorreu uma longa jornada até o transplante. Durante mais de três anos, viajou duas vezes por semana de Campo Novo a Ijuí para realizar hemodiálise. Posteriormente, passou a fazer diálise peritoneal, um tratamento feito em casa que utiliza o peritônio – membrana que reveste o abdômen – para filtrar toxinas do sangue, proporcionando maior conforto e autonomia.
Após a cirurgia, João segue em recuperação no HCI e comemora a nova fase da vida. “Desde o início, eu sabia que precisava de um transplante. Estou extremamente feliz por ter recebido um rim e poder viver esse momento tão importante. Sou imensamente grato a quem fez essa doação”, declarou.
A médica nefrologista Ana Lúcia Doile, que acompanhou o caso, explicou que a expectativa média de sobrevida de um transplante renal é de 12 a 15 anos, mas há casos em que o órgão transplantado segue funcionando bem por mais de duas décadas. Ela também lembrou que, além da doação por falecidos, como foi o caso de João, é possível realizar transplantes intervivos entre familiares de até terceiro grau.
O procedimento só é possível após cadastro do paciente na Central de Captação de Órgãos do Estado, que coordena a distribuição com base na compatibilidade entre doador e receptor, visando minimizar os riscos de rejeição. Exames rigorosos são realizados para garantir a segurança do órgão e do receptor.
Desde 1986, o HCI realiza transplantes renais, com mais de 120 procedimentos já realizados. No caso de João, participaram do procedimento os cirurgiões vasculares Ana Lúcia Caetano, Fábio Silva, Vinicius Pires e Alencar Proença; os urologistas Gilnei Penno e Leonardo Bandeira; além das nefrologistas Ana Lúcia Doile e Maria Leocádia Padilha.
O caso de João Siqueira reforça a importância da doação de órgãos e mostra como a medicina pode transformar vidas por meio da solidariedade e do avanço dos tratamentos.
Fonte: HCI
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