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Expectativa é que obras do Hospital Público Regional de Palmeira das Missões sejam concluídas em três anos

Previsão é que os trabalhos sejam retomados ainda em 2025

21/01/2025 15:14 por redação


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O município embargou a construção alegando problemas estruturais. Reprodução RBS TV / Divulgação


 

Pacientes de 72 municípios do norte e noroeste gaúcho aguardam a conclusão das obras do Hospital Público Regional de Palmeira das Missões. O reinício da construção, que está embargada desde 2022, depende de avaliação de engenheiros da Universidade de Passo Fundo e nova licitação. Expectativa é de que a instituição comece a funcionar em até três anos após o recomeço das obras, ou seja, em 2028.

Conforme o prefeito, Evandro Massing, a expectativa é que, ainda em 2025 uma nova empresa assuma o canteiro de obras e avance com os 50% que ainda faltam ser feitos. Porém, antes do maquinário voltar ao canteiro de obras, é preciso aguardar a avaliação técnica da UPF.

Professores, estudantes e técnicos do Centro Tecnológico de Engenharia Civil da universidade realizam esta avaliação desde o segundo semestre de 2024. O objetivo é averiguar o que já foi construído, as condições, possíveis problemas na estrutura, quais são as soluções e o investimento necessário.

— No momento em que a gente tiver esses números, esse estudo concluído, nós temos a condição de lançar o novo edital para contratar uma empresa, retomar e concluir a obra — explica o prefeito.

Embora a avaliação ainda esteja em curso, o prefeito aponta que problemas já foram identificados. Alguns simples, outros mais complexos.

— Nós temos problemas com rompimento de vigas, nós temos rompimento de consoles, nós identificamos sobrepeso nas estruturas, tudo isso ainda são informações preliminares, mas que já apontam de forma muito clara onde é que estão os problemas e quais são as causas de tudo isso que está acontecendo — afirmou.

O HPR, que começou a ser construído ainda em 2019 e deveria ser concluído dois anos depois, em 2021, tinha orçamento inicial de R$ 115 milhões. Desse montante, a prefeitura calcula que já investiu mais de R$ 70 milhões da verba disponibilizada pelo Governo Federal, emendas parlamentares e contrapartida do município. Agora, com o estudo, a expectativa é que haja um incremento nesse valor.

— Imaginamos que R$ 100 a R$ 120 milhões ainda precisem ser investidos para concluir a obra e entregá-la pronta para, aí sim, colocar os equipamentos e poder entrar em funcionamento — diz o prefeito.

Deslocamento, custos e desgaste

Um dos pacientes que aguarda a conclusão é o comerciante Anilton Rosa de Bairros. Morador de Palmeira das Missões, atualmente ele precisa viajar 200 quilômetros a cada duas semanas para fazer quimioterapia em Ijuí.

— De 15 em 15 dias a gente acaba se deslocando daqui de Palmeira a Ijuí, fazendo aí uma hora e meia de carro, com a Secretaria da Saúde, que acaba vindo buscar nós às 5 horas da manhã. E aí a gente acaba ficando o dia todo em Ijuí — explica.

Assim como Bairros, outros 1,3 mil moradores de Palmeira das Missões também buscam atendimento médico especializado em outros municípios. O custo anual para manter esses atendimentos gira em torno de R$ 3 milhões, segundo o município. E, conforme o secretário de Saúde de Palmeira das Missões, Izaias Malheiros, além disso, as longas viagens são extenuantes para os pacientes.

— Há um desgaste físico muito grande desses pacientes. Imagine, em 12 horas de viagem daqui a Porto Alegre, indo e voltando, e muitas vezes tendo que aguardar lá na capital. Então, sai de madrugada essa van daqui, ela vai em direção ao Porto Alegre e volta na noite do mesmo dia ou na madrugada do dia seguinte — explica.

Quando estiver em funcionamento o HPR, que está com 50% da estrutura pronta, será referência em procedimentos e atendimentos de média e alta complexidade para mais de meio milhão de pessoas.

Construtora entrou com ação judicial

obra do HPR foi embargada em novembro de 2022, após a prefeitura constatar problemas estruturais. Onze meses depois, em outubro de 2023, o contrato foi rescindido.

A empresa Sial Construções Civis, que era responsável pela construção do hospital, ingressou na Justiça questionando a alegação da prefeitura sobre falhas executivas.

Por nota enviada à GZH Passo Fundo, a companhia informou que está aberta e disposta a encontrar uma solução às supostas falhas executivas e retomar a obra.

Confira a nota na íntegra:

"Nós da empresa Sial Construções Civis Ltda, viemos através desta nota nos manifestar referente as obras do Hospital Regional de Palmeira das Missões/RS.

De nossa parte temos a informar que a Prefeitura embargou a obra em 03/11/2022. Posteriormente, um ano depois, em 29/11/2023 a Prefeitura de Palmeira das Missões optou por rescindir o contrato com nossa empresa.

A Prefeitura alega que existem falhas executivas, na qual nós entramos com ação judicial questionando tal alegação.

Nós estamos abertos e dispostos a encontrar uma solução para essas supostas falhas executivas, para que as obras possam ser retomadas."

GZH



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