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Morre José Aldair, icônico locutor da Rádio Gaúcha, aos 79 anos

Comunicador estava internado em Porto Alegre; despedida será realizada nesta terça-feira, na Capital

29/10/2024 10:17 por Fernando Almeida


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Dulce Helfer / Agencia RBS


O rádio do Rio Grande do Sul perdeu nesta segunda-feira (28) a voz de um de seus mais icônicos locutores. Aos 79 anos, morreu José Aldair Nidejelski, que por décadas atuou na Rádio Gaúcha.  
De acordo com a filha Tatiana Nidejelski, o pai estava internado desde 10 de outubro após uma queda em casa, no bairro Santana, em Porto Alegre. Ele foi levado à emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição com suspeita de AVC e faleceu em decorrência de infecção generalizada. 

Deixa a esposa, Bárbara, seis filhos e dois netos. O velório ocorre nesta terça-feira (29), das 10h às 15h, na capela histórica do Crematório Metropolitano, em Porto Alegre.
Nascido em 26 de janeiro de 1945, em Canoinhas, Santa Catarina, José Aldair teve seu primeiro contato com o rádio aos oito anos, quando já se apresentava com a irmã Matilde. Aos 12 anos, comandou seu próprio programa infantil de auditório. Depois de uma breve experiência no Paraná aos 15, retornou ao convívio familiar, por decisão de seu pai.
O jovem radialista, então chamado José Nidejelski, não gostava da sonoridade do nome e conseguiu, por meio da Justiça, adotar o codinome "Aldair" em homenagem a seu padrinho, o locutor Aldair José, a quem creditava a inspiração para a carreira.

A voz inconfundível do rádio
Ao longo dos anos, José Aldair passou por várias rádios, incluindo Paiquerê, em Londrina, e Rio Negro, no Paraná, até consolidar-se em Santa Catarina, na Rádio Canoinhas. 

Também trabalhou no Diário da Manhã como apresentador de um informativo radiofônico. Foi lá que deu início à longa jornada pelo radiojornalismo, apesar de não ter cursado a faculdade de Jornalismo. No Correspondente Simon, na Rádio Guarujá, além de apresentador, foi redator e experimentou a locução de radionovelas.

Foi em 1966, porém, que sua carreira tomou um novo rumo ao ingressar na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre. Permaneceu na emissora por mais de 35 anos.

Começou apresentando o Correspondente GBOEX, um noticiário inspirado no famoso Repórter Esso. Em poucos meses, foi promovido a redator. Em três anos, tornou-se chefe do departamento de notícias.

Com sua voz marcante, tornou-se uma das figuras mais conhecidas do rádio gaúcho, assumindo a apresentação da síntese noticiosa hoje chamada Correspondente Gaúcha Postos Charrua. 

Em 2004, deixou a emissora para tentar uma nova experiência na política, após uma tentativa anterior em 1976, quando concorreu a vereador com foco em projetos para crianças carentes, sem ser eleito.

GauchaZH



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