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Promessas de presentes e exames falsos: como agia mulher suspeita de matar grávida para ficar com bebê no RS

Suspeita teria matado gestante, retirado bebê da barriga e simulado ter dado à luz para ficar com a criança em Porto Alegre, segundo Polícia Civil. Justiça manteve prisão da mulher após audiência de custódia.

17/10/2024 14:11 por Fernando Almeida


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Divulgação/Polícia Civil


A Polícia Civil atualizou a investigação e trouxe detalhes de como agia a mulher de 42 anos suspeita de matar uma grávida, retirar o bebê da barriga e simular ter dado à luz para ficar com a criança em Porto Alegre. A investigada está presa preventivamente desde a quarta-feira (16). A vítima foi identificada como Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos.
De acordo com o delegado Thiago Carrijo, a suspeita abordava as possíveis vítimas em redes sociais, com promessas de presentes para os filhos delas. No caso de Paula, a aproximação ocorreu porque a grávida acreditou que receberia um carrinho de bebê. Ela também enviava falsos exames de gravidez, segundo a polícia.
"Fazia contato via redes sociais, dizendo que ela tinha ganhado muitas coisas durante a gravidez dela e queria doar, muito provavelmente buscando outras vítimas", explicou.

O corpo de Paula tinha ferimentos na cabeça e um corte profundo na região abdominal. Uma faca foi apreendida no local. A polícia apura a possibilidade de participação de outras pessoas no crime.

"A complexidade da cena do crime que foi encontrada, a forma como a vítima estava disposta, embaixo da cama, envolta em plásticos e em um cobertor, essa cena nos chamou muito a atenção", afirmou Carrijo.

Não está descartado que haja outras vítimas. Conforme Carrijo, as equipes de investigação estão fazendo uma varredura nas redes sociais.

Na quarta-feira (16), a suspeita passou por audiência de custódia. O juiz André Vorraber Costa manteve a prisão da investigada.
Exames falsos de gravidez
Em depoimento à polícia, o marido da suspeita sustentou que nos últimos meses acreditava que a esposa realmente estivesse grávida. Segundo o delegado, o homem disse, inclusive, que recebia exames médicos da mulher. Ele foi liberado após ser ouvido.

"Muito provavelmente ela conseguia os exames na internet. Exames falsos que ela propagava não só para o marido, mas também no meio dela, colegas de trabalho, vizinhos, para criar toda uma situação de que estaria grávida", pontuou Carrijo.

Entenda o caso
Segundo a Polícia Civil, Paula foi morta na segunda-feira (14), atraída até a casa da suspeita com a promessa de que ganharia presentes para o bebê. O caso aconteceu em Porto Alegre e a suspeita está presa. Ela não teve o nome divulgado.

A mãe da vítima, Gladis Beatriz Ferreira, de 63 anos, conta que a suspeita deu presentes e prometeu que pagaria uma ecografia para Paula.

No apartamento, Paula teria sido agredida na região da cabeça. Após o assassinato, a suspeita teria retirado o bebê da barriga e simulado um parto. O corpo da mãe da criança foi encontrado escondido debaixo de uma cama em um dos quartos do imóvel.

"Ela tinha histórico de tentar engravidar e não conseguir. Teria perdido uma criança tempos atrás", disse a delegada Graziela Zanelli.

O caso começou a ser investigado entre segunda (14) e terça-feira (15), depois que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a suspeita, junto do bebê morto, até o Hospital Conceição. Exames apontaram que ela não podia ser a mãe e a polícia foi chamada em seguida.

"Ela preparou para a criança nascer no mesmo dia do aniversário dela, 14 de outubro. A princípio, inventou para toda a família e amigos que estava grávida", relatou a delegada.

G1/RS



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