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Método inovador para diagnosticar autismo é lançado em encontro estadual em Passo Fundo

Escala Mini-TEA foi desenvolvida por profissionais passo-fundenses. Cerca de 400 pessoas de todo o RS participam do Encontro Estadual do Programa TEAcolhe, com a secretária estadual Arita Bergmann

30/09/2024 11:00 por redação


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Encontro ocorreu na Universidade de Passo Fundo - Foto: Neemias Freitas/Ascom SES


 

Encontro Estadual do Programa TEAcolhe reúne cerca de 400 pessoas de diversas regiões do Rio Grande do Sul no auditório da Universidade de Passo Fundo (UPF) nesta sexta-feira (27). 

O evento marca um passo significativo na triagem e diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) com a apresentação da Escala Mini-TEA, desenvolvida em Passo Fundo.

O mecanismo surgiu da necessidade de otimizar a triagem de crianças entre 2 e 12 anos que não eram contempladas pelo método M-CHAT, utilizado em crianças mais novas. 

O objetivo é fornecer um questionário simples que, através de 48 perguntas de sim e não, permite identificar rapidamente casos de TEA, excluindo as crianças que não apresentam o transtorno. 

O avanço é resultado da colaboração entre a Apae Passo Fundo e a Escola de Medicina da UPF. 

No evento, a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, afirmou que a escala criada em Passo Fundo tem potencial para ser usada em todo o RS e também no Brasil. 

— Assim, mais crianças poderão ser identificadas de forma precoce e receber o suporte necessário — afirmou. 

Segundo ela, Passo Fundo é referência na implementação do TEAcolhe, o que motivou que o município fosse escolhido para sediar a abertura do encontro. 

Governo pretende expandir rede de atendimento, diz secretária

À reportagem, a secretária destacou os planos do governo para expandir a rede de atendimento dos Centros Regionais de Referência do TEAcolhe

A previsão é que sejam criados mais 30 centros em todo o RS, totalizando 90 até 2025. Os locais não foram definidos. 

Regina Ampese, coordenadora do Centro Regional de Referência em TEA da Apae de Passo Fundo, abordou os desafios enfrentados na 17ª Região de Saúde, que abrange 28 municípios e população de cerca de 420 mil habitantes.

— O acesso à triagem e diagnóstico tem sido uma preocupação constante, e a Escala Mini-TEA surgiu como uma resposta a essa demanda — explicou.

Conforme o médico neurologista Cassiano Forcelini, que atua no centro, a Escala Mini-TEA é um avanço necessário dada a carência de profissionais qualificados para avaliações mais complexas.

— O programa apresenta uma combinação de metodologias que tornam a triagem mais acessível e eficaz — pontuou.

O Encontro Estadual do Programa TEAcolhe segue até as 17h no auditório da Escola de Ciências Agrárias, Inovação e Negócios (Esan) da UPF, no campus 1, em Passo Fundo. 

GZH



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