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Ministério da Agricultura reduz área de emergência zoossanitária pela Doença de Newcastle

Decisão foi tomada nesta quarta-feira. Medida que tinha validade sobre todo o Estado agora fica restrita a cinco cidades do Vale do Taquari. Foco da patologia levou Brasil a adotar autoembargo em exportações de produtos de aves

25/07/2024 06:13 por redação


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Ministério reitera que não há risco no consumo de carne de frango. Tadeu Vilani / Agencia RBS


 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reduziu a abrangência da área de emergência zoossanitária decorrente da identificação de um caso de doença de Newcastle em criadouro no município de Anta Gorda, no Vale do Taquari. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24) e publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Com a medida, a área de emergência fica restrita aos municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. Antes, ela valia para todo o território Estado.

Conforme o Mapa, também nesta quarta-feira, duas novas análises de casos suspeitos na zona de proteção contra a doença de Newcastle revelaram resultado negativo para o vírus. Desta forma, o único caso confirmado é o ocorrido no estabelecimento de avicultura comercial de corte, localizado em Anta Gorda, no dia 17 de julho.

“Os resultados negativos reforçam que o foco confirmado se trata de um evento sanitário isolado e que não há sinais de propagação no entorno da granja comercial onde o vírus foi identificado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em nota distribuída pelo ministério.

Exportações

Após a redução da abrangência da área de emergência zoossanitária, o Mapa também atualizou as áreas de suspensão da certificação temporária para exportações de carnes de aves e seus produtos.

China, Argentina e México seguem com as restrições de exportação para todo Brasil. Já em relação ao Estado do Rio Grande do Sul, seguem com restrição Bolívia, Chile, Cuba, Peru e Uruguai.

Para os protocolos sanitários baseados em zona de restrição ou raio afetado, estão países como África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tadjiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, União Econômica Euroasiática, Vanuatu e Vietnã.

O Mapa ressalta que as regras de suspensão são revisadas diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países parceiros, nas quais são apresentadas todas as ações que estão sendo executadas para erradicar o foco.

Análises e medidas de contenção

As análises de casos suspeitos são realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da Doença de Newcastle.

Equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da defesa agropecuária do Rio Grande do Sul prosseguem em campo no território afetado aplicando as ações do Plano de Contingência para a doença, entre elas a investigação epidemiológica em raio de 10 quilômetros ao redor da área de ocorrência do foco confirmado.

Na granja comercial onde a doença foi confirmada foram realizados os abates e enterro dos demais animais e o início do processo de limpeza e desinfecção do local, conforme determina o protocolo sanitário.

Em sua nota, o Mapa ressalta ainda que, até o momento, não foram identificadas suspeitas de novos focos nas 443 propriedades visitadas, incluindo a totalidade de alojamentos de produção avícola comercial localizados na área periférica ao foco confirmado.

“A agilidade com que nossa equipe tem trabalhado é de extrema importância para voltarmos a normalidade das nossas exportações de frango”, pontuou o ministro.

A doença de Newcastle

A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nestes animais.

De notificação obrigatória para a Organização Mundial de Saúde Animal, ela é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.

Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, nos estados de Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

GZH



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