AMOR DE MÃE| Para doar rim ao filho, mãe adota práticas de vida saudáveis
Minha mãe me deu a vida pela segunda vez e serei grato eternamente”, completou o recém-transplantado, que reside em Sede Nova
16/07/2024 13:56 por redação
Foto: HCI
O amor materno desafiou a industriária Diva Becker, de 62 anos, a passar por uma significativa mudança para poder doar um rim ao filho, Edivaldo Costa Lima, 38, diagnosticado com doença renal crônica há quatro anos. Obesa e com alterações metabólicas, ela precisou adotar hábitos de vida saudáveis para perder peso e melhorar o quadro clínico.
Graças à sua dedicação, o transplante foi realizado em junho, no Hospital de Clínicas Ijuí (HCI), que fica a pouco mais de cem quilômetros de Sede Nova, município onde mora o empresário. “Mudei de vida pelo meu filho e faria de novo, caso fosse preciso. Foi tudo por ele, que merece ter vida nova daqui para a frente”, disse a mãe, moradora de Campo Bom.
Apesar dos 100% de compatibilidade entre os órgãos, Diva tinha alguns problemas que a impossibilitavam de fazer o procedimento. “Ela estava bem acima do peso e tinha as taxas metabólicas de colesterol e triglicerídeos elevadas. O doador precisa ser uma pessoa saudável para que o transplante corra bem e não ocorram complicações na cirurgia”, explicou Maria Leocádia Padilha, médica nefrologista do HCI.
Decidida, Diva se empenhou para reduzir o peso. Com acompanhamento de uma nutricionista, mudou a alimentação e passou a frequentar a academia regularmente. Com as novas práticas, conseguiu chegar aos 80 quilos necessários para fazer a cirurgia e controlou as taxas metabólicas, possibilitando, enfim, o transplante.
Em recuperação, o filho conta que o transplante refletiu em uma nova forma de lidar com a vida. “Não tinha medo do resultado da minha cirurgia, mas, sim, se minha mãe ficaria bem. Mesmo com todas as dificuldades, esse ato uniu nossa família, fez com que mudássemos as prioridades. Troquei de emprego e comecei a valorizar mais quem está ao meu lado, que é o mais importante”, diz Edivaldo.
“Sou grato a ela não só por ela ter doado um órgão, mas por ter se esforçado tanto para fazer a cirurgia. Minha mãe me deu a vida pela segunda vez e serei grato eternamente”, completou o recém-transplantado.
Fizeram parte do transplante renal a equipe liderada pela médica Maria Leocádia Padilha, composta pelos cirurgiões vasculares Ana Lúcia Caetano, Vinicius Corrêa Pires e Fábio Silva, e pelos urologistas Gilnei Penno e Leonardo Bandeira. O tratamento e o procedimento foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: HCI
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