Mãe procura bebê de sete meses que caiu na água durante resgate em Canoas
Gabrielli Rodrigues da Silva tem quatro filhos, dois deles hospitalizados, e está abrigada no campus da Ulbra
08/05/2024 13:55 por redação
Bebê vestia, na hora da queda, moletom rosa com corações brancos coberto por um casaquinho também rosa. Reprodução / Instagram
Como tantas pessoas, a dona de casa Gabrielli Rodrigues da Silva, 24 anos, de Canoas, na Região Metropolitana, protagoniza diversos dramas simultâneos. O maior deles é ter se perdido de uma dos quatro filhos, Agnes da Silva Vicente, de sete meses, durante o resgate que retirou a família de casa, no bairro Harmonia, na noite de sábado (4). De acordo com relatos, o bebê teria sido levado a uma ambulância depois de o barco virar e todos caírem na água. A partir daí, o destino da criança é desconhecido.
Gabrielli e familiares estão abrigados no campus da Ulbra, também em Canoas. Agnes é gêmea de Ágata, que está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário desde o acidente com a embarcação. Alice, de sete anos, também precisou ser internada nesta quarta-feira (8). A mãe e o pai das crianças, o pintor Alisson Nunes Vicente, 25 anos, cuidam ainda de Gabriel Yuri, dois anos, que aprendeu a falar a primeira palavra, “socorro”, de tanto ouvir apelos ao redor.
Gabrielli teve o celular avariado durante o salvamento e conversou com a reportagem de GZH por meio de mensagens escritas no WhatsApp do aparelho do marido. Na manhã desta quarta, estava no hospital, acompanhando o atendimento à primogênita. Tem recebido centenas de mensagens via Instagram. O homem que teria retirado Agnes da água e a reanimado procurou Gabrielli no abrigo ontem (7) para contar o que viu.
— Ele somente a largou na ambulância, e então correram com ela para algum lugar. Todos que nos ajudaram me garantiram que pegaram as duas (gêmeas). Tenho certeza de que ela está em algum hospital — relata Gabrielli.
A dona de casa descreve a roupa que a filha vestia naquele momento: moletom rosa com corações brancos coberto por um casaquinho também rosa. Gabrielli lida com um misto de sentimentos.
— No começo, meus pensamentos eram o meu pior tormento. Mas, com todas as informações, não vou dizer que estou aliviada, que só vou ficar ao tê-la no colo, mas todas as informações do resgate batem... Minha esperança é o que me mantém de pé porque meu coração sente ela bem, em algum lugar seguro. Tenho muita fé de que vou encontrá-la. Vai ser o meu maior e mais lindo testemunho — conta Gabrielli.
Informações sobre o paradeiro de Agnes podem ser enviadas pelo perfil de Gabrielli no Instagram: @gabrielli.silvaa.5
GZH
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