O Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou, nesta quarta-feira (17), a identificação da 54ª vítima das enchentes no Vale do Taquari em setembro de 2023 – a tragédia foi o maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. O corpo, encontrado no Rio Taquari no dia 6 de janeiro, é de uma mulher que vivia em Roca Sales.

O governo do RS não divulgou a identidade da mulher, mas a RBS TV confirmou com a família se tratar de Deiser Cristiane Hennig, de 32 anos. Segundo parentes, ela estava em uma casa que foi carregada pela água no centro de Roca Sales. Além dela, morreram dois filhos e um tio.

Segundo o IGP, o corpo estava flutuando no Rio Taquari, na altura de Lajeado. Os peritos utilizaram um perfil genético para identificar a vítima, em razão do avançado estado de decomposição.

Imagens mostram danos causados pela passagem de ciclone extratropical em Roca Sales — Foto: Lauro Alves/Agência RBS

O estado ainda registra quatro desaparecidos. O governo afirma que segue em operação para localizar essas pessoas.

No dia da tragédia, o Rio Taquari subiu cerca de 13 metros em Roca Sales. O município recebeu um hospital de campanha para atender a população.

Enchente

O fenômeno teve origem no dia 4 de setembro de 2023, após um sistema de baixa pressão provocar chuvas intensas e se deslocar em direção ao oceano, ganhando intensidade. Foram registradas fortes rajadas de ventos, aumento do nível dos rios, pessoas desabrigadas, entre outros transtornos.

Com as cheias dos rios, pessoas foram arrastadas pela correnteza. As cidades mais atingidas ficam na região do Vale do Taquari, como Muçum e Roca Sales.

As primeiras mortes foram registradas no dia 4. Nos dias seguintes, mais corpos foram encontrados, ampliando o número de vítimas.

A última vítima a ser identificada foi um homem, morador de Muçum, em novembro do ano passado.

Cidades do Vale do Taquari ficaram debaixo d'água com passagem de ciclone — Foto: Maurício tonetto/Secom