Mais duas pessoas são presas por morte de mulher durante suposto ritual em cemitério no RS, diz polÃcia
Segundo informações preliminares, mulher teria sido amarrada em uma cruz e espancada.
12/02/2024 14:12 por redação
Foto: Fernando Ramos
Mais duas pessoas foram presas preventivamente no domingo (11) por suspeita de participação na morte de uma mulher em um cemitério de Formigueiro, na Região Central do Rio Grande do Sul. A polícia não divulga as identidades dos envolvidos.
As circunstâncias da morte ainda são apuradas pela Polícia Civil, mas a principal linha de investigação aponta para um suposto ritual que teria sido realizado pelas pessoas presas. Dois homens presos seriam líderes religiosos que teriam participado do início do ritual.
Em nota, a defesa de três dos presos afirma que tem "confiança na inocência diante das circunstâncias apresentadas". Leia a nota completa abaixo. A reportagem ainda busca a defesa da outra pessoa presa.
Um homem e uma mulher já haviam sido presos em flagrante na sexta-feira (9), quando a vítima morreu. De acordo com o delegado regional de Santa Maria, Sandro Meinerz, o casal teria conduzido o suposto ritual. Eles devem responder por homicídio qualificado por tortura.
Segundo a polícia, o marido e filho da mulher morta também estavam no cemitério no momento da morte, mas ficaram do lado de fora. Eles foram ouvidos pela polícia e liberados em seguida.
Segundo a polícia, a mulher teria sido amarrada em uma cruz e espancada, mas a polícia pretende aprofundar a investigação a respeito dessas circunstâncias.
A investigação agora tenta apurar se outras pessoas passaram pelo mesmo suposto ritual.
"Continuamos a investigação, porque é tudo muito recente. Vamos apurar se esse procedimento era constante, se já havia sido feito com outras pessoas", diz o delegado.
O caso
Cemitério de Formigueiro, onde mulher foi morta durante suposto ritual religioso — Foto: Fernando Ramos/Formigueiro REAL
De acordo com o delegado, o ritual começou em uma casa que era usada para esse tipo de prática. Os espancamentos teriam começado no local. Em seguida, a mulher foi levada ao cemitério, mas voltou à casa e, por fim, retornou ao cemitério.
Na segunda passagem pelo cemitério, quando a mulher morreu, o filho e o marido dela teriam sido orientados a ficar do lado de fora, esperando pelo fim do ritual. Ao estranharem o tempo decorrido, teriam entrado no local e encontrado a mulher morta, amarrada em uma cruz.
Nota de defesa
"É com profunda seriedade e comprometimento com a justiça que vimos a público comunicar nossa posição em relação ao recente caso envolvendo nossos clientes.
Após diligente análise e escuta atenta dos relatos dos envolvidos, decidimos, de maneira consciente, assumir a defesa de apenas três dos quatro indiciados, Jubal dos Santos Brum, Nayana Rodrigues Brum e Larry Chaves Brum. Nossa escolha recai sobre aqueles em quem depositamos nossa confiança na inocência diante das circunstâncias apresentadas.
Cumpre ressaltar que, dada a fase inicial das investigações, reconhecemos a possibilidade da existência de outros envolvidos a serem indiciados no curso do processo.
Reiteramos, de forma inabalável, o compromisso de nossos clientes em colaborar plenamente com as autoridades judiciárias. Estamos unidas em prol da transparência e imparcialidade do processo legal, na busca incansável pela verdade e pela justiça.
Atenciosamente,
Dra. Márcia Pereira da Silva, dra. Liégy Pereira da Silva Meneghetti e dra. Ediani da Silva Ritter"
G1
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