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Suspeito de ser mandante de chacina de agricultores gaúchos no Piauí é preso no Distrito Federal

Quatro pessoas foram assassinadas a tiros em uma casa na cidade de Baixa Grande do Ribeiro, no Sul do Piauí. As vítimas eram um pai e seus dois filhos, todos naturais do Rio Grande do Sul, e um funcionário da família.

04/05/2023 08:42 por André Motta


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Jhon Lennon dos Santos Abreu, suspeito de ser o mandante e participante direto dos assassinatos de quatro agricultores na cidade de Baixa Grande do Ribeiro em abril foi preso nesta quinta-feira (4) no Distrito Federal.

 

Outros dois homens, suspeitos de terem executado as vítimas, continuam foragidos. Além de Jhon Lennon, a Polícia conseguiu prender Lúcio Batista Fialho, que teria fornecido as armas usadas no crime.
Segundo a investigação, Jhon Lennon teria dirigido o carro que levou os executores até o local e durante a fuga. Euton Marcos Santos Lira e Velton Avelino de Sousa foram apontados como os executores da chacina.
No dia 23 de abril de 2023, quatro pessoas foram assassinadas a tiros em uma casa na cidade de Baixa Grande do Ribeiro, 586 km ao Sul de Teresina. As vítimas eram um pai e seus dois filhos, e um funcionário da família. O crime teria sido motivado por uma vingança familiar.

O crime aconteceu num domingo, na casa onde as vítimas moravam, na zona urbana de Baixa Grande do Ribeiro. Na noite de sábado (22), as vítimas faziam uma festa com amigos e funcionários na casa.

Depois da festa, o grupo foi dormir. Horas depois foram acordados por homens armados que cobriam o rosto com camisetas. Eles foram rendidos e levados até o terraço da casa, onde quatro deles foram assassinados a tiros. Duas pessoas conseguiram fugir, e acionaram a Polícia.

As quatro vítimas são agricultores naturais do Rio Grande do Sul e um operador de máquinas, funcionário da família, nascido em Balsas, no Maranhão:

o pai, Luiz Pedro Dalcin, de 61 anos, de Sobradinho, no Rio Grande do Sul
Luíz Antônio Dalcin, de 34 anos, filho de Luíz Pedro, de Arroio do Tigre (RS)
Gustavo Dalcin, de 36 anos, filho de Luíz Pedro, de Arroio do Tigre (RS)
Leonilton Sousa da Silva, de 33 anos, funcionário da família, de Balsas (MA)
Luiz Pedro e os dois filhos foram para o Piauí em 2019. Aqui eles trabalharam com produção e colheita de soja e feijão. Além das vítimas, Luiz Pedro tinha outros dois filhos. Luiz Antônio deixa dois filhos. Gustavo deixa uma filha.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), os criminosos utilizaram pelo menos uma arma de fogo de alta energia (fuzil ou similar) para cometer a chacina. Cerca de 14 projéteis foram disparados contra as vítimas.

O operador de máquinas Leonilton Sousa da Silva, de 33 anos, natural de Balsas, no Maranhão, foi atingido por oito disparos. As demais vítimas, os agricultores Luiz Pedro Dalcin e os dois filhos dele, Luíz Antônio Dalcin e Gustavo Dalcin, foram atingidos por dois a três disparos cada um.

Duas pessoas conseguiram sobreviver à chacina. Eles pularam o muro da casa depois do início dos tiros. Em seguida, eles acionaram a Polícia Militar, por volta de 7h.

As duas pessoas eram amigos da família Dalcin, ambos naturais do Rio Grande do Sul e que estavam no Piauí a passeio, para visitar os amigos. Eles teriam participado da comemoração na noite anterior, e foram acordados pelos assassinos.

Dois dias depois do crime, na terça-feira (25), a Polícia Civil conseguiu prender um homem suspeito de participar do crime e divulgou os nomes e fotos dos três outros suspeitos. Segundo o delegado Matheus Zannata, o suspeito preso, Lúcio Batista Fialho, teria emprestado as armas que foram usadas pelos autores da chacina.

Nesta quinta-feira, o suspeito de comandar o crime, Jhon Lennon Santos foi preso. Ele também teria participado ativamente do crime ao dirigir o caso usado pelos executores. Ele já era investigado suspeito de tráfico de drogas e por outro caso de homicídio.

O suspeitos de terem executado os crimes, Euton Marcos Santos Lira e Velton Avelino de Sousa, estão foragidos. Eles também têm antecedentes criminais, mas os detalhes não foram divulgados.

Vingança
Segundo o delegado Zanatta, o massacre foi uma vingança de um dos suspeitos contra a família assassinada. O suspeito apontado como mandante da chacina, identificado como Jhon Lennon dos Santos Abreu, teria encomendado o crime para vingar a morte do sogro, que faleceu na propriedade das vítimas.

Em 2022, o sogro de Jhon Lennon, que era funcionário dos Dalcin, faleceu de causas naturais na fazenda das vítimas da chacina. O suspeito então teria ficado com raiva, por acreditar que a família tinha demorado a comunicar sobre a morte às autoridades competentes.

Então, Jhon Lennon processou a família Dalcin, em busca de uma indenização. Depois, o suspeito e a família começaram a trocar ameaças, que foram se intensificando.

"Na semana passada, o Jhon Lennon achou que os Dalcin tinham contratados dois pistoleiros para matar ele. Ele se antecipou e executou a família", disse o delegado Zanatta.

Ainda segundo a investigação da Polícia Civil, o operador de máquinas Leonilton Sousa da Silva, assim como os outros dois sobreviventes, apenas estavam no local por acaso, e não seriam alvo dos criminosos.

G1/RS



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