Leandro Boldrini deve deixar a cadeia em Agosto, diz advogado
O Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) informou que recebeu a solicitação e que a juíza Sucilene Engler Audino vai dar vista ao Ministério Público (MP) para, então, analisar o pedido.
19/04/2023 08:26 por André Motta
A defesa do médico Leandro Boldrini, condenado pelo assassinato do filho Bernardo, em julgmento ocorrido em Março no Fórum de Tres Passos, vai pedir a anulação do julgamento. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa Ezequiel Vetoretti, durante entrevista ao Grupo Chiru, nesta terça-feira.
A defesa do médico alega que um dos jurados teria violado o princípio da imparcialidade ao fazer predisposição a condenar o réu. “Quando eu estava no hotel em Campo Novo, recebi uma solicitação de mensagem com publicações deste jurado, condenando Leandro previamente pelas redes sociais”, comentou o advogado. Essas postagens teriam sido feitas na época dos fatos, ou seja, e Abril de 2014.
Vetoretti explicou que algumas pessoas, que haviam sido chamadas previamente, acabaram desistindo de compor o conselho de sentença pelo simples fato de ter tido alguma ligação com o réu ou com a família. “Este jurado não fez isto, ele quis participar para condenar Leandro”, disse.
O Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) informou que recebeu a solicitação e que a juíza Sucilene Engler Audino vai dar vista ao Ministério Público (MP) para, então, analisar o pedido. O MP se manifestou por meio de nota informando que “a questão não foi arguida no momento oportuno pela defesa do réu, o que, no entendimento do Ministério Público do Rio Grande do Sul, faz com que o pedido de anulação do júri não se justifique”.” O órgão acrescenta que “irá se manifestar nos autos quando for intimado.”
Questionado pela reportagem sobre a atual situação de Boldrini perante a justiça, Vetoretti disse que ele segue preso na Penitenciária de Charqueadas e deve ter a sua progressão de pena em Agosto deste ano, quando provavelmente, irá para o regime semiaberto. Desde a sua prisão, o médico tem trabalhado na prisão e tem um bom comportamento, fatores que reduzem significativamente a pena aplicada ao réu.
Fonte: Grupo Chiru
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