Em Assembleia Geral, educadores rejeitam o reajuste proposto pelo governo
Nesta terça-feira, 07, haverá ato estadual para pressionar o governo do Estado em defesa dos 14,95% para toda categoria;
06/03/2023 08:57 por redação
Com a Casa do Gaúcho lotada, a Assembleia Geral do CPERS, realizada na sexta-feira (3), reuniu milhares de educadores(as) para reafirmar a luta em defesa do reajuste de 14,95% para toda a categoria, sem abatimento da parcela de irredutibilidade.
Em votação, os trabalhadores(as) da educação rejeitaram a proposta de 9,45% apresentada pelo governo Eduardo Leite (PSDB).
“A categoria aprovou de forma democrática e soberana a rejeição do índice apresentado pelo governo e reafirmou a defesa dos 14,95% para toda a categoria, incluindo os educadores que perderam a paridade e os funcionários de escola, excluídos na proposta do governador”, endossou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Além de estar abaixo do índice definido pelo MEC, a proposta do Executivo estadual segue com a política cruel de abatimento do reajuste na parcela de irredutibilidade. Na abertura da Assembleia, Helenir ressaltou que os educadores(as) gaúchos(as) não aceitarão esta manobra cruel do governo. “Não vamos pagar o reajuste do nosso próprio bolso”, frisou.
Além da pauta salarial, professores(as) e funcionários(as) de escola aprovaram a pauta de reivindicações da educação para 2023, em temas que abrangem a carreira, a defesa intransigente do IPE Saúde público e de qualidade aos segurados(as), as condições de trabalho e de estrutura das escolas estaduais e questões pedagógicas como a luta pela revogação do Novo Ensino Médio. Os educadores(as) também aprovaram um calendário de lutas em defesa dos 14,95% para toda a categoria.
>> Clique aqui para conferir a pauta de reivindicações completa e confira abaixo as propostas de mobilização aprovadas:
- Rejeitar a proposta do governo que está na Assembleia Legislativa e reafirmar os 14,95% de Reajuste para toda a categoria – professores(as), funcionários(as), aposentados(as), com e sem paridade, sem a utilização da parcela de irredutibilidade;
- Realizar paralisações para pressionar pelo pagamento dos 14,95% para toda a categoria:
>> Calendário de mobilização:
- 07/03 – Ato estadual para pressionar o governo do Estado em defesa dos 14,95% para toda categoria;
- 15/03 – Luta pela revogação do Novo Ensino Médio e valorização dos educadores(as)
- 22/03 – Dia de paralisação e luta da CNTE pelo piso e carreira;
- Realizar paralisações e atos em dias de votações de projetos que afetem a categoria (reajuste do piso, reestruturação do IPE/SAÚDE, etc.);
- Realizar atos em defesa da educação e do IPE/Saúde;
- Organizar plenárias regionais pelos núcleos para debater o projeto de reestruturação do IPE-SAÚDE;
- Participar das atividades alusivas ao Dia Internacional das Mulheres.
- Realizar forte campanha de mídia pela reposição de 14,95% para toda a categoria;
- Elaborar faixas em defesa dos funcionários(as), para serem colocadas em frente às escolas;
- Buscar a unidade com os Sindicatos Municipais na luta pelo Piso Salarial;
- Denunciar a falta de professores(as), funcionários(as) e especialistas no estado do Rio Grande do Sul, denunciando também as demissões, resultado da aplicação do Novo Ensino Médio;
- Retomar as questões dos nomeados(as) e contratados(as) que ainda não receberam a insalubridade, prevista para o final de janeiro, e quando recebem, o valor é totalmente descontado no completivo;
- Realizar a cobrança para chamarem os contratos de professores(as) e funcionários(as) inscritos no banco de espera;
- Realizar Curso Preparatório online para o concurso destinado aos associados(as) do CPERS;
- Definir palavra de ordem: Fim da guerra, construção da paz, respeitando a autodeterminação dos povos;
- Política em defesa dos contratados(as), lutando para não haver exonerações após o concurso;
- Apoio à iniciativa do Prof. Tomaz Wonghon, ex-presidente da CNTE, de criar uma comissão para fazer um levantamento de todos os sócios, que se encontram com necessidade de atendimento especializado, para auxiliar nas suas reivindicações junto ao IPE Saúde;
- Nota de repúdio à municipalização de escolas na cidade de Esteio;
- Repudiar veementemente a postura da 28ª Coordenadoria de Ensino através de nota de repúdio sobre sua postura autoritária e por não atender as demandas dos professores e funcionários;
- Nota de Repúdio às Vinícolas que se utilizam de trabalho escravo em Bento Gonçalves;
- Nota de Repúdio ao vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul, que proferiu falas racistas e xenofóbicas na câmara de vereadores;
- Nota de Repúdio ao governo estadual e sua política de terceirização dos funcionários(as) de escola.
Porto Alegre, 3 de março de 2023.
Assembleia Geral do CPERS/Sindicato.
CPERS
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