Membros do Conselho Municipal de Agropecuária estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira, 09, no auditório da Sicredi, discutindo os prejuízos causados pela falta de chuva em Santo Augusto, que persiste há meses e afeta diversos setores da agropecuária.

Após apresentação de um levantamento elaborado pelos técnicos da Emater, um laudo acompanhado de uma solicitação de Decreto de Emergência foi apresentado à Defesa Civil, responsável por reunir toda a documentação e dar os encaminhamentos necessários à Prefeitura para que esta prossiga com os trâmites legais.

O Engenheiro Agrônomo, Carlos Alberto Agnes Weiller, falou à Rádio Querência, que os prejuízos vão além da queda na produtividade na cultura do milho, que pode atingir até 100%, mas também refletem na soja, bacia leiteira, nos hortifrutigranjeiros, piscicultura, entre outros.

O representante da Defesa Civil, Antônio Stival, citou a preocupação com a escassez hídrica que afeta drasticamente o nível do Rio Turvo, que está abaixo do limite. Um marcador instalado no Rio Turvo, na Esquina Fátima, registra 26 centímetros de água. Segundo moradores próximos, em 51 anos é um dos índices mais baixos de água no leito do Rio. Stival solicitou que a população mantenha o consumo consciente da água, para evitar o desabastecimento.

No Rio Grande do Sul, dados da Defesa Civil desta segunda-feira, mostram que 46 municípios já decretaram emergência. Lembrando que inicialmente a solicitação é encaminhada á Defesa Civil do Rio Grande do Sul, e somente havendo o aceite do Estado, segue à Brasília para que o município consiga acesso a benefícios do Governo.

O presidente do Conselho de Agropecuária, Thiago Pastori, ressaltou que a homologação desse decreto é importante para que o Município consiga recursos ou políticas de auxílio para amenizar as perdas sofridas mais um ano pelos agricultores.