LA NIÑA já impacta chuva e cresce preocupação com efeitos no campo
Cenário é de alto risco para as próximas semanas e meses para a agricultura gaúcha
18/11/2021 15:29 por Maira Kempf
Choveu ontem e chove hoje no Rio Grande do Sul em algumas regiões, entretanto, as precipitações têm se tornado cada vez mais irregulares e a tendência é que a chuva se torne cada vez mais insuficiente no território gaúcho durante as próximas semanas com impactos no campo.
Em vídeo, a meteorologista da MetSul adverte que os efeitos do fenômeno La Niña começam a se fazer sentir no regime de precipitação e que o cenário é de alto risco para as próximas semanas e meses para a agricultura gaúcha com a atuação do fenômeno de resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial.
A grande preocupação neste fim de ano é com a cultura do milho no setor primário do Rio Grande do Sul. Muitos produtores têm relatado que a chuva bastante irregular das últimas semanas já começa a afetar a safra. Uma vez que os dias ficarão cada vez mais quentes, a perda de umidade será mais acelerada no solo e a chuva tende a ficar ainda mais irregular neste fim de ano.
A chuva no mês de outubro ficou acima da média nas principais áreas produtoras de milho do Rio Grande do Sul, localizadas na Metade Norte, ao passo que no Oeste, no Centro e no Sul a maioria dos municípios teve precipitação a baixo da média histórica mensal. Chegou novembro, contudo, as precipitações começaram a ficar mais irregulares e aquém do necessário em muitas áreas. Os volumes de chuva nos últimos 30 dias nem sequer superam os 50 mm em muitos municípios do Centro gaúcho e do Alto Jacuí. No Oeste e no Sul, há pontos em que a precipitação não ultrapassou os 20 milímetros.
O último boletim semanal da Emater informou que na região de Ijuí, por exemplo, as áreas de cultivo de sequeiro apresentam sintomas de deficit hídrico mais prolongado à medida que os volumes de chuva não atenderam as necessidades das plantas, o que reduz o crescimento e retarda a emissão do pendão no milho.
Na área de Santa Rosa, informa o órgão, a ausência de chuva em alguns municípios e a entrada das lavouras na fase reprodutiva geram expectativa de dificuldades no desenvolvimento.
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