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Entenda| Governo dará desconto para quem reduzir gasto de energia

O Brasil passa pela pior seca dos últimos 91 anos e essa escassez hídrica tem levado a outro problema: a diminuição da geração de energia elétrica.

10/09/2021 14:09 por Maira Kempf


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Foto: Diego Dalmaso Martins


 

O governo anunciou recentemente um programa que dará desconto na conta de luz dos consumidores que reduzirem de forma voluntária o consumo de energia. O programa tem duração prevista até dezembro.

Ganhará o bônus quem diminuir o consumo de energia entre setembro e dezembro em, no mínimo, 10% em relação ao mesmo período de 2020. O desconto vai valer até uma redução de 20%. 

O desconto será de R$ 0,50 por cada quilowatt-hora (kWh) do volume de energia economizado dentro da meta de 10% a 20%. Quem economizar menos que 10% não receberá bônus, e quem economizar mais que 20% não receberá prêmio adicional.

A comparação será feita com base no somatório do consumo ao longo dos quatro meses – ou seja, o acumulado entre setembro e dezembro de 2021, na comparação com a soma das mesmas quatro faturas de 2020. Uma vez feita essa comparação, se houver uma redução no consumo de 10% ou mais, o governo diz que creditará o desconto na conta subsequente, em janeiro de 2022.

Segundo o governo, os recursos para bancar o desconto vão sair do Encargo de Serviços do Sistema (ESS), taxa que já é cobrada nas tarifas de energia de todos os consumidores.

Piora das condições hídricas

 

O Brasil passa pela pior seca dos últimos 91 anos e essa escassez hídrica tem levado a outro problema: a diminuição da geração de energia elétrica.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) admitiu a crise hídrica, que acelerou o esvaziamento dos principais reservatórios do país. A previsão é que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste — que respondem por cerca de 70% da produção de energia do país — cheguem ao fim de setembro com apenas 15,4% da capacidade de armazenamento, abaixo do registrado em 2001, quando houve racionamento compulsório de energia.

O ONS afirmou que, se não houver oferta adicional de energia a partir de setembro, a geração será insuficiente em outubro e novembro para atender a demanda. Ou seja, o país fica suscetível a apagões.

Atuamente, o brasileiro está pagando R$ 14,20 para cada 100 kW/h consumidos.

G1



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