"Depende do comprometimento das prefeituras na fiscalização", diz Leite sobre novas liberações ao comércio
Afirmação foi feita à coluna pelo governador, que pediu aos municípios a adaptação dos planos de ação para cumprimento das regras do distanciamento controlado
08/04/2021 08:15 por Ed Junior
Eduardo Leite discutirá com gabinete de crise nesta quinta-feira a redução de restrições para o comércio Itamar Aguiar / Palácio Piratini/Divulgação
Como nas últimas quintas-feiras, a expectativa do comércio é grande para a decisão do gabinete de crise do governo do Estado sobre restrições às atividades econômicas. Na reunião de hoje, será discutida a abertura aos finais de semana. No sábado passado, houve liberação do funcionamento para lojas e restaurantes, mas o governador Eduardo Leite disse que foi algo pontual, como uma troca pelo feriado da Sexta Feira Santa.
À noite passada, Leite enfatizou à coluna que o relaxamento das restrições depende da capacidade e do comprometimento das prefeituras na fiscalização. A cobrança sobre isso já vem de algum tempo. Contrárias às restrições, muitas prefeituras não têm feito a fiscalização do cumprimento das regras do distanciamento controlado, descumprindo os decretos estaduais.
- Depende da capacidade e comprometimento das prefeituras na fiscalização - condiciona ele.
Na última semana, associações de municípios se reuniram para tratar de planos de ação de fiscalização. Receberam do governador o alerta de que teriam que adaptar os planos até hoje, sob pena de não ter possibilidade de melhora nas bandeiras.
Como disse também à GZH ontem, o governador reafirmou para a coluna que a liberação ou não do comércio será decidida somente na reunião do gabinete de crise. Também será definido o futuro das restrições especiais de horário para todas as atividades entre 20h e 5h, que terminariam no último domingo (4), mas foram prorrogadas até esta sexta-feira (9).
- Serão analisados dados recentes para entender a capacidade de avançar em relaxamento de restrições - afirmou à coluna.
Ele teve, à tarde passada, reunião com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo. Há dois finais de semana, a Capital publicou um decreto contrariando as regras estaduais, e que acabou, poucas horas depois, sendo derrubado na Justiça.
No início da semana, a coluna publicou que a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) pediu a abertura permanente aos sábados. O presidente Sérgio Galbinski chegou a fazer uma sugestão que chamou de "salomônica" por ser um meio termo, que seria as lojas de rua abrirem das 8h às 14h e as de shopping, das 14h às 20h. Em geral, as propostas da AGV no grupo estadual da Covid-19 têm avançado, com algumas liberações ainda maiores do que o que foi pedido inicialmente. Entre elas, a autorização do delivery para o comércio não essencial ainda com a cogestão suspensa, a proibição da venda presencial de produtos não essenciais em estabelecimentos como supermercados e farmácias e, ainda, a autorização para abrir no último sábado, pedido que também partiu da AGV.
Leilão dos aeroportos
Ainda na conversa com a coluna, o governador Eduardo Leite comemorou o resultado do leilão dos aeroportos, que incluiu três terminais no Rio Grande do Sul: em Bagé, Pelotas e Uruguaiana. O Grupo CCR pagará ao governo federal R$ 2,1 bilhões, com um ágio enorme, de 1.534,36%.
- O resultado foi uma notícia extraordinariamente positiva. O ágio demonstra interesse e disposição de quem acredita no setor e trouxe um player muito importante para qualificar a nossa infraestrutura aeroportuária.
Ele citou o estímulo que o certame dará aos voos regionais, ideia que a coluna já havia destacado ontem: Leilão dos aeroportos impulsiona a aviação regional de duas formas; entenda
- Converge com o que estamos avançando nas rotas aéreas com o nosso plano de desenvolvimento da avançando regional. A Gol acabou de manifestar o interesse de voar de Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana e Santo Ângelo diretamente para Guarulhos (SP), com o incentivo da redução tributária sobre querosene no formato em que estabelecemos no fim do ano passado.
Gaúcha/ZH/Giane Guerra
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