De acordo com a legislação eleitoral brasileira, desde 1997, os partidos precisam respeitar a cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais. A legislação, porém, praticamente não foi cumprida até 2012, quando os partidos passaram a ser punidos.

Em Santo Augusto, em 2016 – ano das últimas eleições - nove mulheres concorreram nas eleições municipais ao Legislativo. Apenas uma foi eleita. Neste ano, há o dobro de candidatas mulheres,18 no total, que representam 35.29% dos 51 candidatos que buscam vagas na Câmara de Vereadores. Apesar do aumento, ainda é baixa a representatividade se considerarmos que houve aumento de 67.74% no número de candidaturas. Também não houve registro de candidaturas de mulheres negras.

Nas eleições municipais deste ano as mulheres também estão representadas na corrida ao Executivo. Pela primeira vez na história, entre os candidatos – neste ano são três - Santo Augusto tem duas mulheres disputando a Prefeitura.

As eleições de 2020 vão ser o primeiro pleito municipal em que existe uma cota financeira para as candidaturas femininas. Os partidos devem repassar 30% dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral para as mulheres.