Caso Rafael: Delegado diz que mãe confessou crime após polícia confrontar sua versão
26/05/2020 10:47 por kempf.maira
A Polícia Civil repassou detalhes em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 26, sobre o caso do menino Rafael Matheus Winques, 11 anos, encontrado morto ontem, 25, em Planalto. A mãe confessou o crime. Segundo detalhou o delegado Joelberth Nunes, diretor do Departamento de Polícia do Interior- DPI, a polícia conseguiu a confissão da mãe após concentrar as investigações nela. — Ela procurava passar para a polícia uma riqueza de detalhes que ela certamente não teria como saber. Chamou atenção o fato de a mãe descrever a roupa do filho sem ter visto a criança sair de casa, afirmou. Ainda de acordo com o delegado, a mãe era uma pessoa muito serena e tranquila em relação aos fatos, porém, depois da perícia realizada na residência e nos veículos da família, o comportamento dela mudou, principalmente com relação à imprensa e redes sociais: – Ela se calou. Nos últimos dias a Polícia Civil estava focando nas semelhanças do desaparecimento do menino com o caso Bernardo. — Idade das crianças, 11 anos, forma de adormecer, com uso de medicação, motivação alegada para ter ministrado remédio (por estar muito agitado), disse Nunes. Inclusive, a delegada responsável pelo caso de Três Passos, Carolina Bamberg, chegou a ser contatada para auxiliar na investigação e iria integrar a equipe a partir desta terça-feira, 26. A partir desta concentração das investigações na mãe do menino, a polícia reforçou os trabalhos com policiais especializados em trabalhar em casos de desaparecimentos de crianças. Nesta segunda-feira, 25, a mãe de Rafael, Alexandra Dougokenski, foi conduzida até a Delegacia de Polícia para prestar novo depoimento, e após ser confrontada, confessou o crime. — Ela começou a chorar e imediatamente confessou o fato. Mas logo após voltou a seu estado de tranquilidade, descreveu o delegado Joerberth. A partir daí ela indicou o local onde estava o corpo do menino e como teria acontecido o fato. Segundo ela, houve um desentendimento entre ambos e ela deu um medicamento ao menino. O mesmo foi dormir e durante a noite ela percebeu que ele estava morto. Ela então teria enrolado o corpo em um lençol e o arrastado até uma residência que fica há cinco metros de sua casa e colocado o corpo dentro de uma caixa de papelão. Os moradores desta residência estavam viajando há alguns dias, disse a polícia. — Uma pergunta que temos que responder é como ela sabia que a criança estava morta e não só desfalecida. Isso ela não souber responder. O estado de decomposição do corpo poderá indicar a data aproximada da morte. — Se essa criança não foi morta na sexta, onde ela estava? Indagou o delegado. A polícia disse que o padrasto estava em Ametista do Sul na noite do possível crime, e o álibi apresentado por ele fecha. Existem imagens que comprovam a informação. O pai da criança também não estava na cidade, ele reside em Bento Gonçalves. A participação de mais pessoas no crime não é descartada pela polícia. — A Polícia Civil não dá o caso por encerrado (...) Até o momento, de todos depoimentos coletados, nenhum indica que havia alguma desavença dessa mãe com esse filho. Isso torna o caso ainda mais complexo (...) A motivação do crime é uma incógnita — finalizou o delegado. Alexandra Dougokenski teve prisão temporária decretada. Ela alegou que a morte teria sido ocasionada por medicação.
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